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Diretor-geral de agência que governo Zema quer criar ganhará R$ 20 mil; diretores-técnicos ganharão R$ 16 mil

Deputados vão analisar nesta quinta-feira (7) projeto do governo de Minas que cria nova agência de transportes

Assembleia Legislativa de Minas Gerais

Os deputados estaduais discutem nesta quinta-feira (7), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), a criação de uma nova agência reguladora de transportes em Minas Gerais.

O projeto, de autoria do governador Romeu Zema (Novo), pretende tirar do papel a Artemig, Agência Reguladora de Transportes de Minas Gerais. O governo prevê que a nova agência ficará responsável pelos contratos de parcerias em estradas e aeroportos, além de concessões nos setores aquaviário e metroviário.

Após a chegada do texto ao Legislativo, uma polêmica já ganhou os corredores da Assembleia Legislativa: quanto essa agência vai custar aos cofres públicos e consequente para o contribuinte mineiro?

A reportagem da Itatiaia identificou no “anexo V” do projeto de lei que a agência terá 33 cargos para atuar na área de administração, direção e assessoramento. O texto ainda faz menção a outros 10 cargos com “gratificações temporárias estratégicas” e outros 2 com “funções gratificadas”.

Somando tudo, a agência terá de início: 45 cargos. O projeto prevê que o diretor-geral da nova agência vai ganhar R$ 20 mil por mês e outros dois diretores-técnicos vão ganhar R$ 16.196,00.

O secretário de Infraestrutura, Pedro Bruno, garantiu à Itatiaia que a nova agência não vai representar novos gastos ou altos custos para os cofres do estado. Segundo ele, os servidores que já trabalham na Seinfra serão remanejados para a pasta.

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A deputada governista, Maria Clara Marra (PSDB) afirma que é preciso criar uma agência independente para fiscalizar as estradas.

“Uma das principais críticas que recebemos em audiências públicas que tratam das concessões em Minas é que são os órgãos do governo que ficam responsáveis por anuir para o início da cobrança do pedágio. É a raposa cuidando do galinheiro. Não é o poder concedente, que fez o contrato com a concessionária, que pode atestar se ela está fazendo o acordado. Essa deve ser a responsabilidade de uma agência independente”, diz a deputado.

Já o deputado professor Cleiton (PV) é contra a criação da agência e afirma que é obrigação do DER fiscalizar as concessões em Minas.

“Seria desnecessária a criação de uma agência sendo que hoje temos o DER, hoje um dos órgãos mais sucateados no governo de Minas. Há muito tempo ele deixou de ser um executor de obras para ser um fiscalizador de contratos. Ou seja, o que a Artemig vai fazer, o DER já faz atualmente”, avaliou Cleiton.

O projeto da agência ainda terá que passar pelas comissões da Assembleia e ainda não tem data para ser votado em plenário.


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Repórter de política na Rádio Itatiaia. Começou no rádio comunitário aos 14 anos. Graduou-se em jornalismo pela PUC Minas. No rádio, teve passagens pela Alvorada FM, BandNews FM e CBN, no Grupo Globo. No Grupo Bandeirantes, ocupou vários cargos até chegar às funções de âncora e coordenador de redação na BandNews FM BH. Na televisão, participava diariamente da TV Band Minas e do BandNews TV. Vencedor de 8 prêmios de jornalismo. Já foi eleito pelo Portal dos Jornalistas um dos 50 profissionais mais premiados do Brasil.