A ministra da Saúde, Nísia Trindade, diz que “não há motivo” para alarme no Brasil sobre o surto de Mpox, doença que inicialmente foi conhecida como “varíola dos macacos”. No entanto, ela reconhece que o país deve ficar em “alerta”.
Nesta quarta-feira (14), a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou emergência internacional de saúde pública – seu maior nível de alerta – em relação à mpox.
“Não há motivo de alarme, mas sim de alerta. (...) Também estamos prontos para testes e diagnósticos, e para a vacinação, que certamente não será uma vacinação em massa, caso se faça necessário”, disse a ministra.
O organismo da ONU já tomou uma decisão semelhante em 2022, quando ocorreu um surto mundial de varíola do macaco causado por uma cepa conhecida como clade IIb.
Mas a epidemia atual, originária da República Democrática do Congo (RDC) e limitada à África até agora, tem suas próprias características.
O vírus, mais contagioso e perigoso, é causado pelo clado I e uma variante ainda mais perigosa, o clado Ib. Sua taxa de mortalidade é estimada em 3,6%.
A agência sanitária da União Africana declarou na terça-feira uma “emergência de saúde pública”, máximo seu nível de alerta, em resposta à crescente epidemia de Mpox no continente.
Um total de 38.645 casos foram registrados em 16 países africanos desde janeiro de 2022, com 1.456 mortes.
Além disso, foi registrado um aumento de casos de 160% em 2024 em relação ao ano anterior, segundo dados publicados na semana passada pelo África CDC.