O líder do PL no Senado Federal, Carlos Portinho (PL-RJ), que é membro da CPI da Manipulação de Resultados e Apostas Esportivas, acusou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, de mentir ao enviar um ofício negando a exigência da FIFA para que a entidade tenha um oficial de integridade.
No requerimento, Portinho perguntou se a CBF possui um oficial de integridade, que seria responsável por acompanhar as denúncias de manipulação de resultados em competições de futebol profissional no país.
Durante a sessão da CPI, nesta terça-feira (6), Portinho revelou que em ofício, o presidente da CBF diz que não há exigência da FIFA para que a entidade máxima do futebol brasileiro tenha um oficial de integridade.
“A CBF está brincando com essa CPI. É inadmissível o que o presidente Ednaldo Rodrigues, que eu tenho maior respeito, mas ninguém aqui é palhaço, escreveu e colocou no papel, dizendo que não há nenhuma obrigação de qualquer natureza. A CBF mentiu para essa CPI, o que é grave”, disparou Portinho.
Portinho denunciou que a CBF ficou com o cargo vago por dois anos, entre 2022 e 2024, período em que houve 109 alertas de jogos suspeitos.
O senador apresentou uma circular da FIFA que exige, desde 2014, que a CBF apresente um oficial de integridade para receber das empresas de monitoramento os alertas de manipulação de resultados.
Portinho também exibiu o documento enviado pela CBF com a especificação das câmeras de transmissão durante os jogos do Campeonato Brasileiro da Série A.
Somente quatro equipamentos são na resolução 4k (duas câmeras atrás do gol, um drone, e a cinecam, que filma jogadores na beira do gramado).
Segundo o parlamentar, as outras 13 câmeras, inclusive as que traçam a linha de impedimento, são em 1080p, com qualidade quatro vezes inferior, o que, na opinião do senador, “dificulta o trabalho dos árbitros da cabine em ver o corpo dos atletas com maior nitidez”.