O Ministério Público Federal (MPF) de São Paulo abriu um procedimento para investigar a conduta do ex-ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, que atuou no cargo durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Rosário é um dos membros do governo que participou da
O procedimento, chamado pelo MPF como “notícia de fato”, foi aberto a pedido de parlamentares da bancada feminista do PSOL, em São Pauo. A princípio, o ex-ministro de Bolsonaro é investigado por afronta direta ao Estado Democrático de Direito, utilização do cargo para tentar fraudar o processo eleitoral e para fins privados.
O procedimento do MPF-SP foi enviado ao gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, onde tramitam as investigações relacionadas a tentativas de golpe de estado.
O vídeo do encontro, de uma hora e trinta e dois minutos, foi obtido pela Polícia Federal
Em sua participação no vídeo, Rosário critica um relatório técnico da CGU sobre a fiscalização das urnas eletrônicas que havia concluído pela segurança delas, e buscou tirar a credibilidade dele e desse sistema de voto.
O relatório foi classificado pelo ministro como “uma merda”, e foi posteriormente engavetado pelo governo Bolsonaro. Ainda durante o encontro, o ministro da CGU também sugeriu ao então presidente a formação de uma “força-tarefa urgente” para questionar a integridade das urnas eletrônicas. O grupo seria formado com a participação da Polícia Federal e das Forças Armadas.
Após deixar o cargo, Wagner do Rosário foi nomeado pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) para a Controladoria-Geral do Estado. Ele foi procurado pela reportagem da Itatiaia, mas ainda não se manifestou. O espaço segue em aberto.