Com prejuízos na arrecadação estimados em até R$ 10 bilhões, o governador tenta fazer com que o governo retome a proposta de pagar parte dos salários dos funcionários da empresas afetadas pela crise climática, algo semelhante ao que ocorreu durante o período da pandemia de Covid-19.
“A gente tem alguns levantamentos iniciais sobre empresas impactadas, mas é impossível ter um levantamento de todos os custos associados a parte da manutenção do emprego e renda. No que diz respeito à arrecadação, a gente entende que estamos falando de algo de R$ 6 bilhões a R$ 10 bilhões até o final deste ano em termos de queda de arrecadação do estado e municípios que precisaria ser suportado pela União, como foi na pandemia”, disse Leite antes de participar de uma agenda alusiva ao dia do Meio Ambiente, no Palácio do Planalto.
Apesar dos pedidos, Leite não deve se reunir com Lula nesta quarta. O encontro entre as autoridades deve ocorrer no Rio Grande do Sul, durante a visita que o presidente fará amanhã ao estado gaúcho.
Salários atrasados
De acordo com o governador, outra prioridade no Rio Grande do Sul é uma medida que possa compensar, ou suportar os prejuízos, da queda na arrecadação das receitas públicas em função das enchentes. Diante do problema financeiro, mesmo com os auxílios já anunciados pelo governo federal, o governo estadual não descarta que pode começar a atrasar o salário dos servidores.
“Se nós não tivermos recomposição de receita, sim [atraso de salário]. O estado ou vai se ver em condições de voltar a ter atrasos de salário no futuro ou ele vai ter que comprimir muito os investimentos e capacidade de prestação de serviços, o que vai punir a população de outra forma que a gente não deseja, então nosso desejo é contar com essa sensibilidade do governo federal”, detalhou.
Ao longo da tarde, o governador tem reuniões marcadas com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).