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Após flerte de Simões com PSD, Pacheco diz que permanece no partido

Senador, que é pré-candidato ao Governo de Minas, trabalha para frear aproximação com o que chama de ‘extrema direita’

O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ex-presidente do Congresso Nacional

Após o boato de que o vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões (NOVO), estaria no encontro estadual do PSD, no próximo dia 15, em Belo Horizonte, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) reagiu e criticou a aproximação. Assim, como Simões, o ex-presidente do Congresso Nacional também é um possível candidato ao Palácio Tiradentes.

“A população espera dos homens públicos as entregas necessárias ao desenvolvimento das diversas áreas que importam efetivamente aos brasileiros. E temos muito a entregar, há muito trabalho a ser feito. Em Brasília, onde busco apresentar soluções reais para as demandas dos nossos municípios, acompanho a tentativa desenfreada de antecipação do calendário eleitoral, como se as eleições fossem mais importantes que os problemas da nossa sociedade. E nesse contexto, também vejo a disputa partidária se sobrepor aos interesses das pessoas. Da minha parte, continuarei trabalhando com foco nas questões mais urgentes e sem nenhuma intenção de mudança, seja das minhas convicções ou de legenda partidária” afirmou Pacheco em nota.

Há alguns meses, Simões vem se aproximando do PSD e conta com apoio de algumas lideranças locais para sair do Novo e entrar na legenda. No entanto, o partido já tem Pacheco, nome forte para disputar o governo.

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“Ingressei no PSD a convite de seu presidente nacional, Gilberto Kassab, permaneci dois mandatos à frente da Presidência do Senado na legenda, da qual sou grato e leal aos meus correligionários. Em Minas, o partido cresceu graças a uma obra coletiva, para a qual modestamente pude contribuir. Ter o importante Ministério de Minas e Energia do governo Lula, além das eleições do saudoso Fuad Noman, em Belo Horizonte, e de mais 142 prefeitos, não foram obras do acaso, tampouco de terceiros”, relembrou o senador.

Pacheco é cotado para outras legendas como MDB e União Brasil, mas reafirma que permanecerá no PSD e defende que o partido esteja unido.

“Em outros momentos muito mais difíceis, estivemos unidos e voltados para a defesa e promoção dos mais relevantes temas, como a reforma tributária e o Propag. Por isso, afirmo que o PSD não compactua com nefastos ideais antidemocráticos, golpistas e radicais defendidos por representantes da extrema direita. Posição que, na minha visão, deve ser mantida e fortalecida para que, juntos, dentro da verdadeira premissa da social-democracia, não seja rompido o pacto de confiança com os nossos eleitores”, conclui o ex-presidente do Congresso Nacional.

Edilene Lopes é jornalista, repórter e colunista de política da Itatiaia e podcaster no “Abrindo o Jogo”. Mestre em ciência política pela UFMG e diplomada em jornalismo digital pelo Centro Tecnológico de Monterrey (México). Na Itatiaia desde 2006, já foi apresentadora e registra no currículo grandes coberturas nacionais, internacionais e exclusivas com autoridades, incluindo vários presidentes da República. Premiada, em 2016 foi eleita, pelo Troféu Mulher Imprensa, a melhor repórter de rádio do Brasil.

A opinião deste artigo é do articulista e não reflete, necessariamente, a posição da Itatiaia.