Ricardo Berzoini, ex-presidente do diretório nacional do PT e ministro de Estado durante os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, diz que o partido enfrenta uma “crise de renovação”. Em entrevista publicada neste domingo (2) pelo jornal O Globo, Berzoini apontou um “processo de envelhecimento” dos quadros da legenda e pregou a definição de estratégias de renovação.
“O PT passa por um processo de envelhecimento e tem uma crise de renovação. Esse quadro exige uma atenção da direção do partido, que é fomentar a renovação, tanto no âmbito da militância quanto do ponto de vista da representação no Parlamento e da disputa por prefeituras, para formar uma nova geração. A geração que fundou o PT está com mais de 60 anos. É preciso ter um ímpeto renovador”, afirmou.
Berzoini foi ministro-chefe da Secretaria de Governo no segundo mandato de Dilma. Antes, também na gestão da correligionária atuou nas pastas de Comunicações e Relações Institucionais. Sob Lula, foi titular dos ministérios do Trabalho e Emprego e da Previdência Social.
Segundo ele, o melhor nome para o PT no cenário pós-Lula é o que “tiver capacidade de entusiasmar o partido e os aliados”. Ao tratar da eleição municipal deste ano, ele afirmou que a expectativa do partido é ‘reconstruir e ampliar a presença’, em um cenário moderado de crescimento.
“O resultado de 2020 foi muito ruim para o PT. Não ganhou nenhuma capital, e em São Paulo tem só quatro prefeituras. Não há uma expectativa alta no PT em relação às eleições municipais”, analisou.
Depois dos cargos públicos, Berzoini atua, hoje, em uma consultoria que presta serviços para sindicatos.
