Em agenda realizada no município de Araraquara, no interior de São Paulo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu os investimentos do governo em programas sociais e obras de infraestrutura. No discurso feito ao lado do prefeito Edinho Silva (PT), Lula defendeu até o aumento de salário do funcionalismo, algo que foi vetado para os servidores públicos federais pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, neste ano.
Em 2023, no primeiro ano de mandato, Lula concedeu um reajuste salarial linear para todo o conjunto do funcionalismo, de 9%. A partir deste ano, o governo decidiu negociar correções categoria por categoria, mas a tendência é que os aumentos negociados só entrem no orçamento do próximo ano. Em abril, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, chegou a dizer que, em 2024, qualquer reajuste não seria possível pois o “orçamento está fechado”.
Por conta da postura de não conceder reajustes neste ano, o governo tem enfrentado a revolta de alguns servidores, inclusive, com indicativos de greve.
Além do presidente, estiveram presente na agenda em São Paulo os ministros Jader Filho (Cidades), Renan Filho (Transportes), Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional), Nísia Trindade (Saúde), Márcio França (Empreendedorismo, Microempresa e Empresa de Pequeno Porte), Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar).
Agenda em Araraquara
Segundo o governo federal, a cidade de Araraquara deve receber investimentos de R$ 143 milhões para obras de saneamento integrado nas bacias do Ribeirão do Ouro, Córrego da Servidão, Córrego Capão do Paiva e afluentes. Será construída, ainda, uma lagoa de retenção, para prevenir inundações na cidade. Segundo os estudos que viabilizaram a obra, será a maior ação de infraestrutura da história da cidade.
Em dezembro de 2022, o município foi atingido por fortes chuvas e entrou em situação de emergência. Nove pontos da cidade foram atingidos e a queda de uma ponte deixou seis mortos. A cidade foi visitada por Lula no fatídico dia 8 de janeiro do ano seguinte, no momento em que apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram a Praça dos Três Poderes, em Brasília, e destruiram a sede do Supremo Tribunal Federal, o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto.