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Importação de arroz vai depender do preço no exterior, diz Haddad

Governo federal prepara uma medida provisória para autorizar a Conab a importar 1 milhão de toneladas de arroz

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad

A compra de arroz produzido no exterior vai depender do preço. É o que diz o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O governo federal prepara uma medida provisória para autorizar a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a importar 1 milhão de toneladas do produto.

A preocupação está diretamente relacionada ao impacto da tragédia das chuvas no Rio Grande do Sul, o principal produtor de arroz no Brasil. Cerca de 70% da produção do grão no país está concentrada em solo gaúcho.

“O Lula liga para mim para perguntar coisas do tipo… O preço disso, o preço daquilo… Ontem mesmo ele estava falando do preço do arroz, da determinação que deu para verificar o caso de importar”, disse Haddad, durante transmissão em cadeia de rádios de todo o país nesta quarta-feira (8).

Além disso, o ministro comentou a ideia de tentar diversificar as produções agrícolas em todos os estados, não deixando que um tipo de plantio seja concentrado em apenas um lugar. Atualmente, o consumo brasileiro de arroz é de 10 milhões de toneladas por ano.

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Crise no RS
Principal produtor de arroz do país, o Rio Grande do Sul passa por um momento de crise humanitária e ambiental em decorrência das chuvas das últimas semanas. O último balanço das autoridades gaúchas confirma 95 mortes em todo o estado. Mais de 1,4 milhão de pessoas foram afetadas pela chuva no Rio Grande do Sul, segundo o boletim divulgado pela Defesa Civil. Ainda há 128 desaparecidos. Nos 414 municípios afetados, há 66.434 pessoas em abrigos, 158.992 desalojados e 372 feridos.

Às 7h desta quarta-feira (8), o Lago Guaíba continuava acima da cota de inundação, com 5,14m de altura. Os rios dos Sinos, em São Leopoldo, tem 6,9m, Gravataí, em Passo das Canoas, 6,15m, Taquari, em Muçum, 6,13m, Caí, em Feliz, 3,14m, Uruguai, em Garruchos, 15,6m, e Lagoa dos Patos, em Laranjal, 2,18m.

Mais de 400 mil pessoas continuam sem luz no RS. Desses, 198.050 são clientes da CEEE Equatorial, enquanto 210 mil são da RGE Sul, totalizando 408.050 pessoas. A Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) informoi que 543.776 pessoas estão sem água.

Quanto aos serviços de telefonia, a Tim tem 16 cidades sem serviços, a Vivo tem 31 e a Claro tem seis.

Ao todo, 941 escolas estão danificadas, servindo de abrigo ou com problemas de transporte ou acesso em 233 cidades do RS. Dessas, 421 foram danificadas, 71 estão servindo de abrigo e 327.993 alunos foram afetados.


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É jornalista formado pela Universidade de Brasília (UnB). Cearense criado na capital federal, tem passagens pelo Poder360, Metrópoles e O Globo. Em São Paulo, foi trainee de O Estado de S. Paulo, produtor do Jornal da Record, da TV Record, e repórter da Consultor Jurídico. Está na Itatiaia desde novembro de 2023.