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Ex-presidente da Fundação Palmares no governo Bolsonaro é punido por assédio moral

Sergio Camargo foi alvo de uma sanção da CGU e fica proíbido de ocupar cargos públicos pelos próximos oito anos

Ex-presidente da Fundação Palmares acumulou polêmicas e denúncias no período em que ocupou o cargo

O ex-presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Camargo, foi punido com a inelegibilidade pela Controladoria-Geral da União (CGU). Camargo, que ocupou o cargo durante a gestão de Bolsonaro à frente do Governo Federal, é acusado de assédio moral contra funcionários da fundação.

Segundo a CGU, Sergio Camargo foi punido com uma sanção de destituição de cargo em comissão após ficar comprovado que ele foi responsável por responsável por uma perseguição político-ideológica dentro da fundação, tratando os funcionários com discriminação e desrespeito.

A CGU cita que Camargo chegou a determinar que diretores retirassem da fundação servidores e empregados terceirizados que tivessem posições político-ideológicas de esquerda, além de ordenar que funcionários próximos monitorassem redes sociais de funcionários.

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Segundo a CGU, Camargo valeu-se do cargo público para obter proveito pessoal, o que é proibido. Em 2021, o Ministério Público do Trabalho no Distrito Federal (MPT-DF) pediu o afastamento imediato de Sérgio Camargo da presidência da Fundação Palmares por assédio moral.

A punição prevê que Sergio fique impedido de ser nomeado para cargos em comissão ou funções de confiança no Poder Executivo Federal pelos próximos oito anos.

O ex-presidente da Fundação Palmares ainda não se manifestou sobre a punição.

Tentativa nas eleições

Após deixar a Fundação Palmares em 2022, Sergio Camargo se filiou ao PL, mesmo partido de Jair Bolsonaro, e tentou se eleger como deputado federal pelo estado de São Paulo. Com pouco mais de 13 mil votos, ele não conseguiu ser eleito. Nas redes sociais, Camargo se define como evangélico, negro de direita, antivitimista e patriota. Ele ainda atua como um fiel defensor do ex-presidente.


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Supervisor da Rádio Itatiaia em Brasília, atua na cobertura política dos Três Poderes. Mineiro formado pela PUC Minas, já teve passagens como repórter e apresentador por Rádio BandNews FM, Jornal Metro e O Tempo. Vencedor dos prêmios CDL de Jornalismo em 2021 e Amagis 2022 na categoria rádio