A Corregedoria-Geral da Secretaria Nacional de Políticas Penais, do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), concluiu nesta terça-feira (2) que não há indícios de corrupção na fuga de dois detentos, em fevereiro deste ano, da Penitenciária Federal de Mossoró (RN).
No relatório, a corregedora-geral, Marlene Rosa, apontou que há indicativo de falhas nos procedimentos carcerários de segurança.
A Corregedoria-Geral decidiu abrir três Processos Administrativos Disciplinares (PADs) contra 10 servidores da penitenciária. Ainda pela decisão, outros 17 servidores assinarão Termos de Ajustamento de Conduta (TAC), no qual se comprometem com uma série de medidas, incluindo o de não cometer as mesmas infrações. Os servidores terão de passar por cursos de reciclagem.
A corregedora também determinou a abertura de uma nova Investigação Preliminar Sumária para continuar as apurações referentes às causas da fuga, com foco nos problemas estruturais da unidade federal. O Ministério da Justiça e Segurança Pública informou que a íntegra do relatório não será divulgada para não prejudicar a nova investigação e os procedimentos correcionais que estão sendo instaurados.
As operações de buscas foram iniciadas em 14 de fevereiro. Até o momento, não há informações do paradeiro de Deibson Nascimento e Rogério Mendonça, que protagonizaram a primeira fuga da história de presídios federais.