O Governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirma que ficou feliz com o fato de ter terminado em acordo e sem conflito a invasão do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) a uma fazenda em Lagoa Santa, na Grande BH. A declaração de Zema foi dada em entrevista à Itatiaia na noite desta quarta-feira (20) durante um evento particular, em Belo Horizonte.
O governador afirma que ficou satisfeito com o desfecho do desentendimento entre os donos da fazenda e os invasores do MST, e se colocou como um ‘defensor da propriedade privada’. Zema também afirmou ser contra qualquer tipo de agressão e violência e, ao mesmo tempo, contra qualquer tipo de invasão.
‘Nós temos mais de 600 mil propriedades privadas em Minas Gerais. Se uma pode ser invadida, por que outras não poderiam? O produtor rural, em especial o de leite, tem passado por dificuldades [...] e o produtor ainda tem que se preocupar com essa questão de invasão. É muito ruim!. Então nós estaremos inibindo toda invasão seguindo a Constituição. E eu fico satisfeito por nós termos dado um desfecho pacífico para isso’.
As famílias tinham até a noite desta quinta-feira (21) para deixar o local, mas
Zema defendeu que o Incra faça um monitoramento das pessoas que participam de invasões como essa que ocorreu em Lagoa Santa: ‘Essas pessoas precisam passar por uma triagem, porque muitas vezes não são agricultores, não são nada. São selecionados ou pago para irem lá. O Incra, fazendo um trabalho sério e bem feito, com certeza ele conseguiria resolver muito desses problemas que tem aumentado no Brasil e precisam ser tratados com o devido cuidado’.
Nesta quarta (20), uma decisão da segunda instância do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) limitou o acesso de novas famílias do Movimento Sem Terra (MST) à fazenda Aroeiras, em Lagoa Santa, na Grande BH. Os advogados do MST pediram ao tribunal a reversão da decisão para acabar com o cerco policial na fazenda e autorizar a entrada de novas famílias, mas a Justiça negou o pedido.