Ouvindo...

Lideranças tucanas de Minas Gerais defendem candidatura própria ao Palácio do Planalto

Lideranças tucanas de Minas defendem candidatura própria ao Palácio do Planalto

Marcus Pestana é pré-candidato ao governo de Minas pelo PSDB

Considerada praticamente fechada pelas principais lideranças da Executiva Nacional do PSDB, a aliança com a senadora Simone Tebet (MDB) na disputa pelo Palácio do Planalto é criticada por uma ala do partido em Minas Gerais.

O grupo mineiro liderado pelo deputado Aécio Neves e pelo ex-deputado Marcus Pestana, pré-candidato do PSDB ao governo de Minas, levará uma posição contrária ao apoio de Tebet na reunião da Executiva Nacional que acontece nesta quinta-feira (9).

O PSDB vai decidir nesta quinta-feira (9) em reunião da Executiva Nacional a proposta de coligação com o MDB para a eleição de presidente da República. A reunião é considerada um capítulo decisivo para a construção de uma terceira via.

Em um encontro na quarta-feira (8), as lideranças tucanas indicaram já ter maioria para fechar o acordo com Tebet. No entanto, alguns parlamentares ainda defendem uma candidatura própria e tentam barrar a aliança com o MDB.

“Não pode passar de hoje”

Pré-candidato do PSDB ao governo de Minas, Marcus Pestana defende que o partido lance um nome próprio na disputa ao Planalto. No entanto, ele admite que a maioria da sigla já demonstrou intenção de confirmar a aliança com Tebet. Pestana cobra uma definição rápida da Executiva sobre as articulações nacionais.

“Uma ala do PSDB ainda defende a candidatura própria. Hoje temos que tomar uma decisão sobre a aliança nacional. Não pode passar de hoje”, diz Pestana.

Ele avalia que as costuras políticas nacionais estão caminhando de forma independente das conversas nos estados. Pestana espera ter o MDB em sua chapa para o governo de Minas, mas admite que a sigla está dividida entre apoiar o governador Romeu Zema (Novo) ou o ex-prefeito Alexandre Kalil (PSD).

“Estamos conversando com lideranças do MDB, do União Brasil, do PDT e do Cidadania. Conversei muito com Newton Cardoso Jr (presidente do MDB) e ele me disse que hoje o partido está dividido entre Zema e Kalil. Mas caso a aliança seja fechada nacionalmente, fará sentido estarmos no mesmo palanque em Minas. Mas não é uma decisão que vem de cima para baixo, é preciso fazer um convencimento, um diálogo com os partidos”, avalia Pestana.

O tucano intensificou as conversas com o ex-prefeito de Uberaba Paulo Piau, que foi lançado para o Senado pelo MDB. Segundo Pestana, as definições devem ocorrer somente em julho, quando os partidos se reúnem para as convenções.

Editor de Política. Formado em Comunicação Social pela PUC Minas e em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já escreveu para os jornais Estado de Minas, O Tempo e Folha de S. Paulo.