Responsável por articulações do grupo político conhecido como “família Aro” na Câmara Municipal de BH, base de apoio do Prefeito Fuad Noman (PSD), o secretário-chefe da Casa Civil, Marcelo Aro (PP), elogiou a gestão do atual prefeito de Belo Horizonte, mas ressaltou que ainda não decidiu quem vai apoiar na eleições municipais da capital mineira.
“É uma gestão que tem dado certo. Fuad é um homem trabalhador. Acorda cedo e vai dormir tarde. Tem compromisso com a cidade. Somos da base de apoio dele na Câmara e pretendemos ser até o último dia da gestão dele. Fizemos um acordo pela governabilidade e estamos trabalhando para isso. É um dos nomes que vai disputar para estar no segundo turno”, afirma o secretário.
Sobre uma posição de apoio para o atual prefeito na eleição deste ano, Aro afirma que seu grupo ainda precisa analisar o cenário político.
“Ainda estamos esperando o cenário ficar um pouco mais claro, tentando visualizar quem de fato será candidato e quem não é. Ainda não temos uma visão completa de quem vai levar sua candidatura adiante, o cenário ainda é indefinido. Estamos conversando dentro do nosso grupo e vamos apoiar um candidato que comungue de nossas ideias e defenda o melhor para BH. Mas, acredito que essa decisão ainda vai levar alguns meses”, diz.
Conversas com Zema
Na entrevista à Itatiaia, Aro disse que não decidiu sobre o apoio de maneira isolada e ressaltou que pretende conversar com o governador Romeu Zema (Novo) sobre o assunto. O governador, no entanto, já anunciou apoio à candidatura de Luísa Barreto (Novo) para a disputa na capital mineira.
“Não tomaríamos uma decisão que não estivesse em consonância com o governador. Temos debatido esse tema e, lá na frente, quando tomarmos uma decisão, ela será conversada com o governador”, afirma Aro.
Em conversas de bastidores na Câmara, alguns vereadores e interlocutores acreditam citam o nome de Aro como quadro que poderia disputar a prefeitura da capital mineira.
A reportagem perguntou ao político se ele toparia assumir um desafio como esse e se há possibilidade disso ocorrer ainda nas eleições municipais deste ano. “Eu amo BH, é onde nasci, cresci e estudei, mas não é hoje uma prioridade minha essa candidatura. Não tenho trabalhado para isso. Acredito que já temos bons nomes colocados. Nós que somos políticos não podemos dizer um ‘não’ terminativo, porque na política tudo pode acontecer, mas não há esse trabalho da minha parte ou de meu grupo”, disse Aro.
Nomes na corrida
Até aqui, há oito nomes que são colocados como pré-candidatos na disputa pela prefeitura da capital mineira. Entre eles estão Ana Paula Siqueira (Rede), Bella Gonçalves (Psol), Bruno Engler (PL), Duda Salabert (PDT), Fuad Noman (PSD), Luísa Barreto (Novo), Paulo Lamac (Rede) e Rogério Correia (PT). Esta relação terá pelo menos duas baixas. Isso porque A Rede Sustentabilidade tem dois pré-candidatos e a legenda ainda faz parte de uma federação com o PSOL, que tem uma pré-candidata. Com isso, entre os três nomes lançados, a federação terá que optar por apenas um.
Fora dessa relação, há ao menos outros quatro nomes que também são ventilados como possíveis pré-candidatos, mas há ainda a necessidade dos políticos confirmarem a intenção ou os próprios partidos se articularem para lançá-los na disputa. Entre eles estão o Senador Carlos Viana (Podemos), o presidente da Câmara, Gabriel Azevedo (MDB), Mauro Tramonte (Republicanos) e Paulo Brant (PSB).
Com experiência no legislativo acumulado com passagens pela Câmara dos Vereadores de Belo Horizonte e pela Câmara dos Deputados, Aro acredita que algumas peças ainda devem mudar de lugar nesse xadrez político.
“Muitas candidaturas nós não sabemos se vão prosperar. São mais de 10 nomes atualmente, mas será que quando chegar no momento das convenções, entre julho e agosto, teremos essas 10 candidaturas? Não sei. Acho que teremos um cenário de eleição em dois turnos, muito acirrada e apertada no primeiro turno. Será uma eleição que poucos detalhes podem definir a eleição”, avalia o secretário.
O primeiro turno das eleições municipais está marcado para o dia 6 de outubro. Se ocorrer segundo turno, os eleitores deverão retornar às urnas no 27 de outubro.
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