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Participação de Lira e JHC em desfile com patrocínio de Maceió à Beija-Flor gera crítica de Calheiros

Prefeitura de Maceió pagou R$ 8 milhões para a Beija-Flor, que homenageou a capital de Alagoas em desfile na Sapucaí nesse domingo (11)

Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), participou de desfile da Beija-Flor nesse domingo (11)

O enredo da Beija-Flor de Nilópolis, que desfilou na Marquês de Sapucaí nesse domingo (11), acrescentou um capítulo à rixa política entre o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e o senador Renan Calheiros (MDB-AL), que ganhou contornos bastante expressivos no ano passado com a tragédia e o escândalo da Braskem em Alagoas. Lira e seu aliado, o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL-AL), participaram do desfile da tradicional agremiação carioca cujo enredo era “Um delírio de Carnaval na Maceió de Rás Gonguila” e classificaram a homenagem como um momento histórico para Alagoas. “Não só fortalece o incentivo ao turismo e gera renda para os alagoanos, mas também nos permite exibir com orgulho nossas raízes ao mundo”, publicou Lira em uma rede social.

A campanha em torno da apresentação da Beija-Flor foi intensa no perfil oficial do prefeito João Henrique Caldas, que publicou, pelo menos, 30 stories de domingo (11) para cá. Nas publicações, JHC destacou que o enredo colocou Maceió no topo. “Nossas raízes, história e cultura estão ganhando o mundo. O impacto é gigante, assim como o potencial do povo maceioense”, escreveu nesta segunda-feira (12). Entretanto, esse enredo custou cerca de R$ 8 milhões aos cofres da prefeitura de Maceió, segundo revelou a Folha de S. Paulo. No ano passado, em maio, a administração municipal confirmou o patrocínio por meio de um termo de fomento publicado Diário Oficial do Município. À Folha, a prefeitura indicou em nota que o desfile da Beija-Flor impacta diretamente o comércio e a renda da população de Maceió.

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O patrocínio e as participações de Lira e JHC na apresentação, entretanto, suscitaram críticas de um adversário político: o senador Renan Calheiros. “As vítimas da Braskem estão abandonadas, mas os foliões que coreografaram acordos ilegais deliram na avenida, inebriados pelo dinheiro público”, publicou no X neste domingo. “Preço tem: R$ 8 milhões da prefeitura de Maceió torrados no Rio. É desumano e cruel. Merece nota zero em todos os quesitos”, completou.

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Repórter de política em Brasília. Na Itatiaia desde 2021, foi chefe de reportagem do portal e produziu série especial sobre alimentação escolar financiada pela Jeduca. Antes, repórter de Cidades em O Tempo. Formada em jornalismo pela Universidade Federal de Minas Gerais.