O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta quinta-feira, que trata o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), com “respeito”. Segundo ele, os chefes dos poderes Executivo federal e estadual devem ter “relação institucional” saudável.
“Vamos continuar tratando com Minas com muito respeito. Tratei Minas Gerais, no tempo em que Aécio era governador de oposição, com o maior respeito. Não fazia diferença entre o Aécio e qualquer governador. Com Zema, é a mesma coisa. Nossa relação institucional não é uma relação pessoal. O presidente da República tem de respeitar o governador porque foi eleito; o governador tem de respeitar o que o presidente da República porque foi eleito”, afirmou, em entrevista exclusiva à Itatiaia, em Belo Horizonte.
Lula está na capital mineira ao lado de ministros de Estado para participar de um evento de prestação de contas das ações do governo federal. Zema deve estar presente à solenidade, marcada para o Minascentro, na Região Central de BH.
“O que a União pode fazer pelo estado e o que o estado pode fazer pela União? Essa comunhão de interesses vai fazer com que a gente faça as coisas corretas. Vou ter um primeiro contato com o governador hoje, na reunião”, apontou.
O chefe do governo federal apontou o interesse de Zema em conversar sobre soluções para a dívida pública de Minas junto à União:
“Sei que ele (Zema) está querendo discutir a dívida. Disse a ele que a dívida ainda não é discutida comigo porque está nas áreas do Ministério da Fazenda, da Casa Civil, da Advocacia-Geral da União e do Ministério de Minas e Energia. Mas, quando o processo estiver pronto, não tenho nenhum problema de me sentar com o governador Zema em BH, Brasília ou qualquer lugar para a gente conversar e encontrar a melhor solução para que Minas possa sofrer menos”, garantiu.
Zema solicitou um encontro reservado com Lula, mas a agenda pode não acontecer por causa da agenda presidencial.
“Não tem nada marcado (o encontro a sós com o governador). Tenho um compromisso, hoje em Brasília, por causa das divergências que acontecem todos os dias em Brasília, palco meio nervoso. Talvez eu tenha de voltar muito rápido quando terminar minha reunião aqui”, explicou o petista.
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