O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), evitou, nesta quinta-feira (18), cravar sua participação na eleição municipal de outubro deste ano. Embora tenha dito, em 2023,
“O início do ano não é janeiro. O início do ano é janeiro, fevereiro, março… tem tempo (para tomar a decisão)”, disse, ao ser questionado sobre o tema durante evento na sede da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH).
No ano passado, o PSD viveu momentos de divergências públicas. Embora o deputado estadual Cássio Soares, presidente do partido em Minas,
Apesar de não ter definido o futuro político, Fuad tem dito que não dispensaria eventual apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com quem dividiu o palanque no segundo turno do último pleito nacional. Neste momento, os petistas têm, em BH, a pré-candidatura a prefeito do deputado federal Rogério Correia.
O lançamento da pré-candidatura de Rogério, aliás, foi marcado pela exibição de um vídeo do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, uma das principais lideranças do PSD mineiro. À ocasião, Silveira minimizou a gravação e disse que não demonstrou apoio às intenções eleitorais de Rogério, mas que sinalizou simpatia à união do que chamou de “grupo progressista” da cidade — em referência a forças políticas que se posicionam do centro à esquerda.
O prefeito de BH assumiu o posto em março de 2022, após Alexandre Kalil, seu colega de partido, renunciar ao cargo para disputar o governo de Minas Gerais — perdeu para Romeu Zema, do Novo.
Evento com quadros do PT
O evento com a presença de Fuad na sede da Prefeitura de BH, aliás, teve a participação de quadros do PT mineiro. Entre eles, o secretário nacional de Assistência Social do governo Lula, André Quintão, que foi deputado estadual pelo PT de Minas. Ele esteve em Belo Horizonte para assinar um termo de cooperação entre o poder público municipal e o Palácio do Planalto, bem como o repasse de recursos para a construção de uma Política Municipal de Cuidados e do Plano Municipal de Cuidados.
A secretária municipal de Assistência Social de BH, Rosilene Rocha, vale lembrar, é ligada ao PT.
Ao tratar do acordo em prol do Plano Municipal de Cuidados, Fuad projetou melhorias no acolhimento às populações que enfrentam situações de vulnerabilidade.
“A população de Belo Horizonte pode ficar certa de que estamos aqui para cuidar dessa população. Logicamente que, Belo Horizonte se tornando uma referência nacional, isso melhora, porque outras experiências poderão ser transferidas para cá. O trabalho de cuidar precisa ser feito por todo mundo - e o povo de BH pode contar com a prefeitura para isso”, vislumbrou.
Prefeito quer ouvir a família
Além do cálculo político, Fuad pretende considerar questões familiares para definir se estará, ou não, nas urnas neste ano.
“Minha esposa fala assim: ‘a decisão que você tomar eu te acompanho’. Meus filhos também falam isso. Então é uma questão pessoal mesmo, que estou avaliando”, explicou, no fim do ano passado.
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