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Lagoa da Pampulha: Marília Campos pede maior integração nas ações entre BH, Contagem e Copasa

Reunião no Tribunal de Contas do Estado (TCE) discutiu ações para limpeza da bacia da Pampulha

Lagoa da Pampulha

Um encontro no Tribunal de Contas do Estado (TCE) na manhã desta quarta-feira (17) reuniu os principais envolvidos nas ações de limpeza da bacia da Pampulha para discutir as medidas de recuperação e despoluição da lagoa.

A prefeita Marília Campos (PT), de Contagem, afirmou que a falta de uma articulação entre os envolvidos têm se mostrado o principal desafio para as ações de limpeza e sugeriu que a Agência Metropolitana seja responsável pela governança dos trabalhos.

A agência é uma autarquia que foi criada pelo governo de Minas para fazer ações de planejamento e desenvolvimento urbano na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

“Cada um trabalha no seu local, mas ninguém sabe o que o outro está fazendo. Isso porque não há uma governança articulada. Então é preciso avaliar, discutir e criar metas. Não acho que é preciso criar mais uma comissão, temos um marco legal, que é a Agência Metropolitana”, afirmou a prefeita.

“As cidades estão com várias ações para fazer o saneamento dos córregos. Só que existe um sistema de governança que estava completamente debilitado e a proposta que o tribunal fez, de criar um sistema para articular as ações municipais e da Copasa, foi muito importante. Eu propus que essa governança fosse feita pela agência metropolitana, convidando o TCE, a Arsae e a Copasa, para participar desse núcleo e tornar as ações mais articuladas”, analisou Marília.

Em março do ano passado, a Justiça de Minas Gerais homologou um acordo entre as prefeituras de BH e Contagem e a Copasa para definir ações de combate ao lançamento de esgoto irregular na Lagoa da Pampulha. Deverão ser realizadas em torno de 9,8 mil novas ligações à rede da Copasa, sendo cerca de 7 mil em imóveis de Contagem e 2,8 mil de Belo Horizonte.

O encontro no TCE contou com a participação de representantes de várias secretarias da prefeitura de BH e da Copasa.

Proposta é bem recebida por Agência RMBH e Copasa

A reportagem entrou em contato com a Agência Metropolitana, com a Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário (Arsae) e com a Companhia de Saneamento (Copasa) para avaliar a proposta de Marília.

A Agência Metropolitana disse que a proposta de Contagem está em consonância com o chamado Estatuto da Metrópole, de ordem federal, e com as leis estaduais que tratam do arranjo da Grande BH. “A Agência RMBH assume a posição de instituição interlocutora entre o Governo do Estado, Prefeitura de Belo Horizonte, Prefeitura de Contagem, Copasa e Sociedade Civil, contando com a participação do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais para elaboração de um Sistema de Governança que estabeleça o Plano de Ação e os mecanismos de controle e avaliação da execução das ações, visando criar uma instância perene que tenha como objetivo a Recuperação e Conservação da Bacia e, por consequência, da Lagoa da Pampulha”, lê-se em nota da autarquia.

A Copasa, por sua vez, também sinalizou positivamente à ideia. “A Copasa está de acordo com a recomendação para implementação de um sistema de governança e gestão da Bacia da Pampulha, proposta originada pelo Relatório de Auditoria Operacional do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, de 2023, uma vez que a Companhia entende que a gestão territorial da bacia hidrográfica, do uso do solo e do controle de poluentes pode ser potencializada se implementada em conjunto com aquelas ações que vem sendo executadas pela Copasa na Bacia da Lagoa da Pampulha”, apontou a estatal.

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Editor de Política. Formado em Comunicação Social pela PUC Minas e em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já escreveu para os jornais Estado de Minas, O Tempo e Folha de S. Paulo.