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MERCOSUL condena atos de violência e dá respaldo político para ações do governo do Equador

Os países membros do MERCOSUL divulgaram um comunicado, na tarde desta quarta-feira (10), condenando os atos de violência no país

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Os países membros do MERCOSUL, incluindo o Brasil, assinaram um documento condenando veementemente os atos de violência no Equador, que começaram no último domingo (7), depois que o homem apontado como o chefe de uma das principais facções criminosas fugiu de um presídio. No comunicado, os países do MERCOSUL condenaram “os atos de violência perpetrados por grupos relacionados ao crime organizado transnacional que afetam a segurança interna da República do Equador”.

Os países do bloco expressaram solidariedade ao povo e ao governo do Equador, e deram respaldo à institucionalidade democrática do país, no “marco do respeito aos direitos humanos”. O governo equatoriano havia pedido respaldo político dos países sul-americanos para o enfrentamento da crise de segurança pública. Até o momento, nenhum pedido de apoio militar foi solicitado.

O país vive uma onda de violência desde o último domingo (7), depois que o líder do grupo criminoso Los Choneros, José Adolfo Macias, conhecido como Fito, fugiu da prisão. Ele cumpria pena de 34 anos de prisão por vários crimes, incluindo tráfico de drogas e homicídios, mas fugiu da penitenciária no domingo (7).

O presidente do Equador, Daniel Noboa, decretou estado de exceção, na segunda-feira (8). Um grupo criminoso invadiu uma emissora de TV, nesta terça-feira (9), e fez os funcionários reféns. A ação criminosa foi exibida ao vivo. A polícia informou que 13 criminosos foram presos, e nenhum refém ficou ferido.

Após o episódio, o presidente do Equador, Daniel Noboa, declarou que o país está em “conflito armado interno”. A medida tem o objetivo de enfrentar grupos de narcotraficantes e “neutralizar” organizações criminosas que impõem uma nova onda de terror no país.

Diante da escalada da violência, o Ministério da Educação do Equador anunciou que as aulas presenciais estão suspensas em todo o país até o dia 12 de janeiro.

O Ministério das Relações Exteriores disse, em um comunicado divulgado na noite desta terça-feira (9), que acompanha com preocupação e condena as ações de violência no Equador. O Itamaraty manifestou solidariedade ao governo do presidente Daniel Noboa, e ao povo equatoriano, diante dos ataques criminosos. O governo federal disse que acompanha a situação dos cidadãos brasileiros que vivem no Equador.

Repórter da Itatiaia desde 2018. Foi correspondente no Rio de Janeiro por dois anos, e está em Brasília, na cobertura dos Três Poderes, desde setembro de 2020. É formado em Jornalismo pela FACHA (Faculdades Integradas Hélio Alonso), com pós-graduação em Comunicação Eleitoral e Marketing Político.