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Governo inaugura laboratório para restaurar obras de arte depredadas no 8 de janeiro; Relógio de Dom João VI está entre as peças

O laboratório contará com 10 restauradores da Universidade Federal de Pelotas(UFPel). Pelo menos 20 obras de arte, depredadas nos atos do dia 8 de janeiro, serão restauradas pelos profissionais

Especialistas em restauração atuam em laboratório no Palácio do Alvorada para recuperar obras danificadas em 8 de janeiro de 2023

O governo federal inaugurou um laboratório voltado para a realização de trabalhos de revitalização e recuperação de parte do acervo da Presidência da República que foi depredado por vândalos nos atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro de 2023. Entre as peças que serão restauradas está o Relógio de João João VI, que foi atirado no chão por um vândalo que invadiu o Palácio do Planalto.

Segundo o governo federal, pelo menos 20 obras de arte serão restauradas no laboratório, que foi instalado no Palácio da Alvorada, que é a residência oficial da Presidência. O espaço contará com dez restauradores da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Todo o trabalho será custeado com recursos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

A inauguração do laboratório é fruto do Acordo de Cooperação Técnica, assinado pela Presidência da República e o Iphan, que foi o órgão responsável por emitir os laudos sobre o estado de conservação dos bens danificados. “Fizemos contato com Leandro Grass (presidente do Iphan) e ele nos ajudou com essa parceria. São 20 obras que serão restauradas no laboratório montado no subsolo da capela do Palácio da Alvorada”, destacou Rogério Carvalho, curador dos palácios presidenciais.

Entre as obras de arte que serão revitalizadas estão a Escultura de ferro de Amilcar de Castro, a marquesa em metal e palha de Anna Maria Niemeyer, além do Relógio histórico de Balthazar Martinot Boulle, do Século XVII, que é conhecido como Relógio de Dom João VI. A peça será revitalizada na Suíça, após a assinatura de um Acordo de Cooperação Técnica formalizado com a Embaixada da Suíça no Brasil.

Segundo nota divulgada pela embaixada, os graves acontecimentos “despertaram profunda emoção na Suíça, assim como forte solidariedade com as instituições e a democracia brasileira”. Ainda conforme o governo federal, um produtor suíço de relógios de longa tradição e experiência ofereceu o apoio de alguns dos maiores especialistas e artesãos para a restauração.

Repórter da Itatiaia desde 2018. Foi correspondente no Rio de Janeiro por dois anos, e está em Brasília, na cobertura dos Três Poderes, desde setembro de 2020. É formado em Jornalismo pela FACHA (Faculdades Integradas Hélio Alonso), com pós-graduação em Comunicação Eleitoral e Marketing Político.