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10x0: STF conclui julgamento e extingue ação que questionava aumento de 300% no salário de Zema

Durante julgamento em plenário virtual, ministros não entraram no mérito da ação, ou seja, não decidiram se o reajuste é ou não é legal

Governador Romeu Zema (Novo) teve questionado, no STF, aumento de 300% no salário

O Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu o julgamento de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) que questionava o reajuste de 300% no salário do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), bem como o aumento para os demais integrantes do primeiro escalão do Executivo estadual.

Por unanimidade, o Supremo decidiu extinguir a ação, sem analisar o mérito do processo. Ou seja, nenhum dos 10 ministros opinou se é ou não é legal o aumento no salário do governador.

O relator Cristiano Zanin foi o primeiro a votar, e opinou pela extinção da ação por não reconhecer a legitimidade da entidade que propôs a ADI. Ou seja, para ele, a Confederação Nacional das Carreiras e Atividades Típicas de Estado (Conacate) não tem competência para entrar com uma ação no STF.

O voto de Zanin foi seguido por outros oito ministros, integralmente, e na ordem: Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia, André Mendonça, Luiz Fux e Nunes Marques.

O último a votar foi Gilmar Mendes, que apresentou um voto em separado, apesar de acompanhar o relator.

O ministro cita que a Conacate representa servidores públicos civis federais, estaduais, do Distrito Federal e municipais, de todos os Poderes, além do Ministério Público e de Conselhos de Contas.

"(...) a entidade requerente, que congloba categorias profissionais com interesses profissionais dos mais diversos e díspares entre si não apresenta composição homogênea, não podendo ser classificada como entidade de classe, nos termos da jurisprudência da Corte”, afirma Mendes.

Zema sancionou aumento de 300% no salário

Em 3 de maio, o governador Romeu Zema sancionou um projeto de lei aprovado pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) que autorizava um reajuste gradual no seu salário e do primeiro escalão. Para o governador, o subsídio passaria de R$ 10 mil para R$ 41 mil até 2025 - um aumento de 300%. No caso do vice-governador, Mateus Simões (Novo), o aumento passaria para R$ 37,6 mil. Os secretários estaduais terão reajuste para R$ 34,7 mil no mesmo período.

Editor de política. Foi repórter no jornal O Tempo e no Portal R7 e atuou no Governo de Minas. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem MBA em Jornalismo de Dados pelo IDP.