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Veto à desoneração da folha: saiba como votaram os deputados de Minas

Dos 38 parlamentares mineiros presentes na sessão, apenas sete votaram para manter a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Dos 38 parlamentares mineiros presentes na sessão, apenas sete votaram para manter a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva

A bancada mineira na Câmara dos Deputados votou, de forma maciça para derrubar o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao projeto da desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia brasileira. Dos 38 deputados federais presentes na sessão desta quinta-feira (14), apenas sete votaram pela manutenção do veto, enquanto 31 optaram pela derrubada. Ao todo, Minas Gerais têm 53 cadeiras na Câmara Federal, mas 15 parlamentares não estiveram presentes na sessão.

Até mesmo congressistas mais alinhados ao governo Lula, como André Janones (Avante) e Duda Salabert (PDT) votaram contra a orientação do Executivo federal. Ao todo, o veto foi derrubado por 378 votos contra 78. (Confira a lista com votos de cada parlamentar ao final desta reportagem).

A votação representa um revés para o governo, que havia depositado no veto à medida parte de suas esperanças para alcançar a meta fiscal com um déficit zero. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), chegou a prometer um “substituto” à desoneração da folha. No entanto, parlamentares argumentam que esta é uma política pública crucial para garantir empregos, visto que reduz os custos operacionais das empresas relacionados à contratação de mão-de-obra.

O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) sustenta que a Fazenda considera o projeto inconstitucional, argumentando que cria um mecanismo de redução na arrecadação previdenciária sem uma contrapartida adequada. O caso será encaminhado à Advocacia-Geral da União (AGU), que decidirá sobre a possibilidade de judicialização.

Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), pode-se perceber que de 2018 a 2022, os setores que permaneceram com a folha desonerada tiveram crescimento de empregos de 15,5%, enquanto os que tiveram a folha reonerada cresceram apenas 6,8% no período. Houve também aumento dos salários dos trabalhadores de áreas que contaram com o benefício.

Saiba como votou cada deputado de MG no veto à desoneração

  • Ana Paula Leão (PP-MG) - Não
  • Ana Pimentel (PT-MG) - Sim
  • André Janones (Avante-MG) - Não
  • Bruno Farias (Avante-MG) - Não
  • Célia Xakriabá (PSOL-MG) - Sim
  • Dandara (PT-MG) - Sim
  • Delegada Ione (Avante-MG) - Não
  • Delegado Marcelo (União-MG) - Não
  • Diego Andrade (PSD-MG) - Não
  • Dimas Fabiano (PP-MG) - Não
  • Domingos Sávio (PL-MG) - Não
  • Dr. Frederico (Patriota-MG) - Não
  • Duda Salabert (PDT-MG) - Não
  • Emidinho Madeira (PL-MG) - Não
  • Eros Biondini (PL-MG) - Não
  • Euclydes Pettersen (Republicanos-MG) - Não
  • Gilberto Abramo (Republicanos-MG) - Não
  • Greyce Elias (Avante-MG) - Não
  • Igor Timo (Podemos-MG) - Não
  • Junio Amaral (PL-MG) - Não
  • Lafayette Andrada (Republicanos-MG) - Não
  • Lincoln Portela (PL-MG) - Não
  • Luis Tibé (Avante-MG) - Não
  • Luiz Fernando (PSD-MG) - Não
  • Mário Heringer (PDT-MG) - Não
  • Mauricio do Vôlei (PL-MG) - Não
  • Miguel Ângelo (PT-MG) - Sim
  • Misael Varella (PSD-MG) - Não
  • Nely Aquino (Podemos-MG) - Não
  • Newton Cardoso Jr (MDB-MG) - Não
  • Nikolas Ferreira (PL-MG) - Não
  • Odair Cunha (PT-MG) - Sim
  • Padre João (PT-MG) - Sim
  • Paulo Guedes (PT-MG) - Sim
  • Pedro Aihara (Patriota-MG) - Não
  • Pinheirinho (PP-MG) - Não
  • Rafael Simões (União-MG) - Não

Obs: Os votos assinalados como “sim” são favoráveis à manutenção do veto do presidente Lula, enquanto os assinalados como “não”, são contrários ao veto

Repórter de Política Nacional e Internacional na rádio Itatiaia. Formada em Jornalismo pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e pós-graduanda em Comunicação Governamental na PUC Minas. Sólida experiência no Legislativo e Executivo mineiro. Premiada na 7ª Olimpíada Nacional de História do Brasil da Universidade de Campinas.