A Polícia Federal e as autoridades paraguaias ainda estão em busca do empresário argentino Diego Hernan Dirísio, considerado foragido internacional após não ter sido encontrado durante a
O argentino é considerado pela PF como o maior contrabandista de armas na América do Sul, tendo movimentado cerca de R$1 bilhão de reais nos últimos três anos. As vendas das armas eram realizadas por meio de uma empresa no nome dele, com sede em Assunção, capital do Paraguai. A Justiça brasileira determinou que o nome dele seja incluído na Difusão Vermelha da Interpol, para que possa ser preso em qualquer país.
Segundo o superintendente da Polícia Federal na Bahia, Flávio Albergaria, o papel de Diego no esquema era fundamental para o funcionamento do esquema.
“Esse investigado é o dono da empresa, ele que coordena todas as operações da empresa e atua diretamente na venda. Fazia tratativas diretas de compra e a revenda com a ciência de que essas armas estavam sendo destinadas ao crime organizado. Que essas armas deveriam ser raspadas e destinadas ao crime organizado. Ele tinha esse dolo, essa consciência, e isso foi provado na investigação. A maior dificuldade que tivemos no início seria provar, transformar isso em prova no processo, e a gente conseguiu e vemos que ele era o comandante da principal empresa importadora de armas da europa, esse era o papel dele”, disse Albergaria, que citou que as diligências para encontrar o empresário seguem em curso.
Ao investigado são imputados cerca de 30 crimes de tráfico internacional de armas, além dos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro. “Esperamos localizá-los e prendê-lo para fins de extradição”, declarou o superintendente da PF.
Além de Diego, outra pessoa envolvida no esquema segue foragida. Até o momento, foram cumpridos 19 mandados de prisão, incluindo revendedores, agentes que atuavam na lavagem de dinheiro, membros de facções e operadores do esquema para o transporte das armas para o Brasil. Cinco desses mandados foram cumpridos no Brasil e 14 no Paraguai.
No Brasil, os mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos no Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP, Sorocaba/SP, Praia Grande/SP, São Bernardo do Campo/SP, Ponta Grossa/PR, Foz do Iguaçu/PR, Brasília/DF e Belo Horizonte/MG.