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Na ALMG, servidores protestam contra Regime de Recuperação Fiscal do estado

Representantes de categorias do funcionalismo convocaram greve geral para esta terça-feira (7) a fim de tentar barrar aprovação de plano no Legislativo

Servidores organizaram ato contra o Regime de Recuperação Fiscal

Servidores de diferentes categorias do funcionalismo público de Minas Gerais se concentram nas imediações da Assembleia Legislativa, na manhã desta terça-feira (7), para protestar contra o plano de Recuperação Fiscal proposto pelo governador Romeu Zema (Novo). O movimento é chamado de “greve geral” por sindicatos.

A adesão de Minas Gerais ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) é defendido pela equipe econômica de Zema para renegociar uma dívida de cerca de R$ 160 bilhões contraída junto à União. Representantes dos servidores públicos, porém, temem prejuízos às carreiras do funcionalismo.

Uma das líderes do protesto desta terça-feira é Denise Romano Neto, coordenadora-geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (SindUte-MG). Segundo ela, o pacote de ajuste econômico “não resolve” o problema da dívida pública estadual.

“Não é plano de Recuperação (Fiscal). É plano de aumento da dívida, e o governo quer responsabilizar os servidores públicos por conta da má gestão”, disse.

O argumento de Denise tem sido corroborado por deputados estaduais de oposição a Zema. Segundo eles, ao fim dos nove anos de vigência do plano de Recuperação Fiscal, o tamanho do passivo do estado será maior do que as cifras de momento.

O pacote não prevê aumento real nos salários dos servidores, mas trata de duas recomposições inflacionárias de 3%. O governo, porém, não descarta outras majorações nos vencimentos, desde que haja espaço inflacionário.

“Nosso objetivo é sensibilizar os deputados e deputadas para que rejeitem o plano de Recuperação Fiscal no plenário da Assembleia”, apontou Denise Romano, ao explicar as bases do protesto desta terça-feira.

Outro lado

Em nota enviada nessa segunda-feira (6), o governo mineiro prometeu a “manutenção permanente do diálogo aberto com todas as categorias” do funcionalismo. Segundo o Executivo, mesmo com a eventual adesão à Recuperação Fiscal, todos os direitos dos servidores estão adquiridos, incluindo benefícios, progressões de carreira e reajustes.

“A adesão do Estado ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) é o melhor caminho para que Minas Gerais possa manter as contas equilibradas e, assim, buscar condições fiscais favoráveis para aumentar investimentos que irão melhorar os serviços prestados aos mineiros e as condições de trabalho dos servidores”, lê-se em trecho do comunicado.

Mineiro de Urucânia, na Zona da Mata. Mestre em Comunicação pela Universidade Federal de Ouro Preto (2024), mesma instituição onde diplomou-se jornalista (2013). Na Itatiaia desde 2016, faz reportagens diversas, com destaque para Política e Cidades. Comanda o PodTudo, programa de debate aos domingos à noite na Itatiaia.
Graduado em Jornalismo, é repórter de Política na Itatiaia. Antes, foi repórter especial do Estado de Minas e participante do podcast de Política do Portal Uai. Tem passagem, também, pelo Superesportes.