Servidores de diferentes categorias do funcionalismo público de Minas Gerais se concentram nas imediações da Assembleia Legislativa, na manhã desta terça-feira (7), para protestar contra o plano de Recuperação Fiscal proposto pelo governador Romeu Zema (Novo). O movimento é chamado de
A adesão de Minas Gerais ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) é defendido pela equipe econômica de Zema
Uma das líderes do protesto desta terça-feira é Denise Romano Neto, coordenadora-geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (SindUte-MG). Segundo ela, o pacote de ajuste econômico “não resolve” o problema da dívida pública estadual.
“Não é plano de Recuperação (Fiscal). É plano de aumento da dívida, e o governo quer responsabilizar os servidores públicos por conta da má gestão”, disse.
O argumento de Denise tem sido corroborado por deputados estaduais de oposição a Zema. Segundo eles, ao fim dos nove anos de vigência do plano de Recuperação Fiscal, o tamanho do passivo do estado será maior do que as cifras de momento.
O pacote não prevê aumento real nos salários dos servidores, mas trata de
“Nosso objetivo é sensibilizar os deputados e deputadas para que rejeitem o plano de Recuperação Fiscal no plenário da Assembleia”, apontou Denise Romano, ao explicar as bases do protesto desta terça-feira.
Outro lado
Em nota enviada nessa segunda-feira (6), o governo mineiro prometeu a “manutenção permanente do diálogo aberto com todas as categorias” do funcionalismo. Segundo o Executivo, mesmo com a eventual adesão à Recuperação Fiscal, todos os direitos dos servidores estão adquiridos, incluindo benefícios, progressões de carreira e reajustes.
“A adesão do Estado ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) é o melhor caminho para que Minas Gerais possa manter as contas equilibradas e, assim, buscar condições fiscais favoráveis para aumentar investimentos que irão melhorar os serviços prestados aos mineiros e as condições de trabalho dos servidores”, lê-se em trecho do comunicado.