O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que vai utilizar o apoio das Forças Armadas para combater a violência no Rio de Janeiro. O presidente se reúne com o ministro da Defesa José Múcio, nesta terça-feira (24), para discutir o assunto. Lula defendeu que o apoio deva partir da Marinha, a partir dos portos, e da Aeronáutica, nos aeroportos, para coibir a ação de criminosos que espalham o terror com ataques como os que incendiaram cerca de 40 ônibus, ontem, na zona oeste do Rio. ‘Nós ( se referindo aos ministros das Justiça e da Defesa) vamos ver como entrar e ajudar sem tirar autoridade do governador e do prefeito’.
O presidente disse que procura uma forma de usar o apoio das Forças Armadas sem passar a ideia para a sociedade de que as Forças foram criadas para combater crime organizado. A fala do presidente foi durante o programa semanal transmitido pela Empresa Brasil de Comunicação nesta manhã. “Nós vamos ajudar o Rio de Janeiro a combater o crime organizado, os milicianos, e dar tranquilidade àquele povo”, afirmou.
Lula também fez uma crítica à liberação da venda de armas no país e disse que a mesma foi feita de maneira “atabalhoada ". “Ela (a liberação da venda de armas) fez com que o crime organizado se apoderasse de um arsenal que não tinha antes. Pode comprar no mercado legalizado como não acontecia antes. É um crime contra o povo brasileiro”, afirmou.
Guerra em Israel
O presidente também falou sobre a guerra entre Israel e Hamas lembrando as crianças que sofrem ou já morreram por causa do conflito e afirmou que o ataque do grupo extremista Hamas não justifica que Israel mate milhares de civis inocentes. “Eu quero liberar os brasileiros que estão na Faixa de Gaza”.
Lula falou sobre a operação de repatriação dos brasileiros coordenada pela Força Aérea Brasileira. O presidente reiterou que todos os brasileiros que quiserem sair da zona de conflito serão trazidos de volta. “Eu não quero saber pra quem as pessoas votaram, quero saber que são brasileiros e brasileiras que querem voltar para o Brasil”.
Lula também lembrou que outros cidadãos que quiserem votar à América Latina poderão contar com o apoio da operação brasileira. “Vamos prestar solidariedade para quem quiser voltar [...] é assim que nós temos que consolidar nossa imagem: um país que só quer paz. [...] que quer vencer e quer progredir”, concluiu.