A CPMI dos Atos Antidemocráticos vai ouvir nesta terça-feira (3), a partir das 9h, o empresário Argino Bedin, que é suspeito de financiar os atos do dia 8 de janeiro. O empresário, conhecido no Mato Grosso como “pai da soja”, teve as contas bloqueadas em decisão proferida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A CPMI pretende realizar, nas próximas sessões, as oitivas de empresários suspeitos de financiar os atos golpistas, integrantes das forças de Segurança que atuaram no dia 8 de janeiro, além de membros das Forças Armadas, que teriam planejado um golpe.
Na próxima quinta-feira (5), o colegiado pretende ouvir o subtenente da Polícia Militar do Distrito Federal, Beroaldo José de Freitas Júnior, que atuou para retirar os vândalos que atacaram o prédio do Congresso Nacional no dia 8 de janeiro. Inicialmente estava previsto o depoimento do general Walter Braga Netto (PL), que foi ministro da Defesa e da Casa Civil na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), além de vice na chapa presidencial derrotada em 2022. A oitiva de Braga Netto foi cancelada após um acordo entre parlamentares da base do governo e da oposição.
A previsão é de que o relatório seja apresentado no dia 17 de outubro. Até lá, a relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), pretende ouvir os últimos comandantes militares da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Eles teriam sido citados na delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid sobre uma suposta reunião, ocorrida em dia 24 de novembro de 2022, com o então presidente Bolsonaro. O objetivo seria planejar uma ação golpista.