Horas antes da
reunião marcada com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e com o ministro da Fazenda Fernando Haddad (PT) no Palácio do Planalto, o presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, participa de sessão nesta quarta-feira (27) pela manhã na Comissão de Finanças e Tributação, na Câmara dos Deputados. O economista comparece à reunião a Casa após aprovação de requerimento apresentado pelo deputado federal Lindbergh Farias (PT-SP), e a sessão é liderada pelo presidente da comissão, Paulo Guedes (PT-MG). A previsão é que Campos Neto preste esclarecimentos sobre a atual política monetária do país; além dele, participa do encontro o chefe da Assessoria Econômica ao Presidente, Arnildo da Silva Correia.
A participação de Roberto Campos Neto na audiência na Câmara dos Deputados acontece em meio à tentativa de alívio das tensões entre o Banco Central e o Executivo. Ainda nesta quarta-feira, o economista irá ao Palácio do Planalto para reunião inédita com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a primeira desde o início do mandato do petista no cargo. O encontro acontecerá com intermédio do ministro da Fazenda Fernando Haddad (PT). Desde o início do ano, Lula e aliados próximos dirigem críticas à atuação de Campos Neto em função da taxa de juros mantida no Brasil.
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Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu
reduzir a Selic para o menor índice dos últimos 16 meses. Após dois dias de reunião, o grupo decidiu cortar a Taxa Básica de Juros em 0,5 ponto percentual, derrubando o índice para 12,75%. Pressionado pela alta cúpula do Palácio do Planalto nestes primeiros nove meses do governo Lula, o presidente do Banco Central, assim como no mês passado, votou pela redução da Selic. Ailton de Aquino Santos e Gabriel Galípolo, indicados pelo petista, acompanharam Campos Neto e assinalaram desejo de queda na ordem de 0,5 ponto percentual. A queda, aliás, foi uma decisão unânime.