O presidente da CPMI dos Atos Antidemocráticos, deputado Arthur Maia (União-BA) afirmou que o Congresso Nacional tem se colocado em um papel de inferioridade. O discurso foi feito, após a reunião da CPMI que ouviria o ex-ajudante de ordens da presidência Osmar Crivelatt, que obteve no Supremo Tribunal Federal o direito de não depor. Arthur Maia afirmou que irá tentar uma agenda ainda hoje com a presidente do Supremo Tribunal Federal, Rosa Weber, e com os ministros Nunes Marques e André Mendonça, para pedir que decisões monocráticas sejam encaminhadas para análise do plenário da Corte.
O presidente da CPMI revelou que a advocacia do Senado já recorreu da decisão do ministro André Mendonça, que deu ao ex-ajudante de ordens da presidência Osmar Crivelatti o direito de não depor. “Estou tentando, espero ter a oportunidade ainda hoje de falar com os ministros do Supremo. Estou na condição de suplicante. De uma forma muito humilde. O parlamento tem, notoriamente, se colocado em posição de inferioridade”, avaliou Arthur Maia, na saída da CPMI.
Arthur Maia disse que vai pedir aos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), para ingressarem com ação no Supremo Tribunal Federal para saber se a CPMI poderá ou não convocar pessoas para depor. O relatório da CPMI será apresentado pela senadora Eliziane Game (PSD-MA) no dia 17 de outubro. Arthur Maia descartou a possibilidade de prorrogar os trabalhos do colegiado.