O superintendente do Ministério do Trabalho em Minas Gerais, Carlos Calazans, disse, neste sábado (16), que a prisão de Antério Mânica significa “alívio” às famílias das vítimas da chacina de Unaí, em 2004.
“Este momento representa um alívio para as vítimas, suas famílias, colegas e toda a comunidade trabalhadora, que há tanto tempo esperavam por justiça”, disse Calazans, em nota assinada, também, por Ivone Corgosinho Baumecker, da Delegacia Sindical do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (DS/MG Sinait).
Mânica vai passar o final de semana preso na sede da Polícia Federal (PF) na capital federal. Na segunda-feira (18), ele será encaminhado a Belo Horizonte.
Na quinta-feira, José Alberto de Castro, acusado de contratar os executores do crime, foi preso. Ele estava na região do Triângulo Mineiro e foi levado à sede da PF em Brasília.
O caso envolve, ainda, Hugo Hugo Alves Pimenta e Norberto Mânica. Ambos são considerados foragidos.
Entenda
Norberto Mânica foi condenado a 64 anos de prisão, em regime fechado.
Em 28 de janeiro de 2004, os fiscais do Ministério do Trabalho Eratóstenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares e Nelson José da Silva e o motorista Aílton Pereira de Oliveira foram emboscados em uma estrada de terra, próxima de Unaí (MG), enquanto faziam visitas de rotina a propriedades rurais.
O carro foi abordado por homens armados que mataram os fiscais à queima-roupa. A fiscalização visitava a região para apurar denúncias de trabalho escravo.