Ouvindo...

Sem voz, Lula assina PL Combustível do Futuro e afirma que o Brasil será mais importante em biocombustíveis do que Arábia Saudita é em Pe

O PL, enviado ao Congresso Nacional cria um conjunto de medidas que promovem mobilidade de baixo carbono a auxilia no cumprimento das metas internacionais de redução das emissões de gases de efeito estufa

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro de Minas e Energia, Alexandre (PSD) assinaram o Projeto de Lei que cria o Programa Combustível do Futuro. Após cerimônia no Palácio do Planalto, com a presença do presidente da Câmara dos deputados, Arthur Lira (PP), o texto foi encaminhado para o Congresso Nacional. Segundo Silveira, a programa significa “consolidação da transição enérgica no Brasil”.

A proposta prevê o Programa Nacional de Combustível Sustentável de Aviação, o Programa Nacional de Diesel Verde e estimula a produção e comercialização de combustíveis sintéticos.

Aviação

Pela nova política, os operadores aéreos ficam obrigados a reduzir as emissões de dióxido de carbono entre 1% e 10% de 2027 a 2037. A proposta é que a redução seja alcançada como o aumento gradual da mistura de SAF (combustível de aviação sustentável) ao querosene de aviação fóssil.

Etanol

O texto também propõe a elevação dos limites máximo e mínimo da mistura de etanol anidro à gasolina para veículos terrestres. O texto altera o teor mínimo para 22% e estabelece o percentual máximo em 30%, condicionado à constatação da sua viabilidade técnica. O limite atual é de 27%.

Integração

O texto propõe integração entre a Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio), o Programa Rota 2030 - Mobilidade e Logística e o Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE Veicular). A metodologia a ser adotada é a de Avaliação do Ciclo de Vida completo do combustível (do poço à roda) para avaliar as emissões dos diversos energéticos utilizados nos modais de transportes, que inclui as etapas de geração de energia, extração, produção e uso do combustível.

Aquecimento Global

O objetivo do Programa Combustível do Futuro é diminuir a emissão de carbono, cumprir as metas internacionais para redução do aquecimento global, e colocar o Brasil como protagonista na produção de biocombustíveis. Sem voz, Lula não leu o discurso. Improvisando, o petista disse Brasil pode ser mais importante em biocombustíveis do que Arábia Saudita é em Petróleo. Lula citou também a Aliança Global para Biocombustíveis que foi lançada na Índia, durante o G20, com o presidente americano Joe Biden e o primeiro ministro indiano Narendra Modi.

Edilene Lopes é jornalista, repórter e colunista de política da Itatiaia e podcaster no “Abrindo o Jogo”. Mestre em ciência política pela UFMG e diplomada em jornalismo digital pelo Centro Tecnológico de Monterrey (México). Na Itatiaia desde 2006, já foi apresentadora e registra no currículo grandes coberturas nacionais, internacionais e exclusivas com autoridades, incluindo vários presidentes da República. Premiada, em 2016 foi eleita, pelo Troféu Mulher Imprensa, a melhor repórter de rádio do Brasil.
Leia mais