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Oposição acusa governo de rifar ‘general de Lula’ para proteger Flávio Dino na CPMI do 8/1

Oposição afirma que alertas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e mensagens trocadas comprometem G. Dias

General Gonçalves Dias depõe à CPMI dos atos antidemocráticos nesta quinta-feira

A oposição majoritariamente integrada por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) acusou o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de rifar o general Gonçalves Dias, exonerado do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), para proteger o ministro Flávio Dino, da Justiça e Segurança Pública. O militar depõe à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos antidemocráticos nesta quinta-feira (31). O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado Filipe Baros (PL-BR) criticaram o general e alegaram que ele está protegendo o ministro Dino.

“O senhor [Gonçalves Dias] é o fusível que irá queimar para impedir que a bomba estoure no colo do ministro Flávio Dino”, disparou Flávio. Felipe Barros seguiu o raciocínio do colega de partido e também sustentou a hipótese de que G. Dias protege o ministro da Justiça. “Já entregaram sua cabeça, só o senhor [Gonçalves Dias] não percebeu. Sua cabeça está colocada a prêmio pela CPMI e talvez pelo próprio judiciário brasileiro”, afirmou.

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A presença de Gonçalves Dias na CPMI é um desejo antigo da oposição, e parlamentas aliados a Bolsonaro defendem a hipótese de que o Ministério da Justiça e o Gabinete de Segurança Institucional se omitiram de propósito para permitir as invasões e os ataques às sedes dos Três Poderes na ocasião dos atos antidemocráticos. Agora que G. Dias depôs à comissão que investiga o 8 de janeiro, a oposição deve se articular para conseguir aprovar a convocação do ministro Flávio Dino.

Repórter de política em Brasília. Na Itatiaia desde 2021, foi chefe de reportagem do portal e produziu série especial sobre alimentação escolar financiada pela Jeduca. Antes, repórter de Cidades em O Tempo. Formada em jornalismo pela Universidade Federal de Minas Gerais.