A CPMI dos Atos Antidemocráticos vai se reunir nesta quinta-feira (24), a partir de 9h da manhã, para votar 57 requerimentos e ouvir o sargento do Exército Luis Marcos dos Reis, que integrava a equipe de ajudantes de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
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Entre os requerimentos que serão analisados está o pedido da relatora, senadora Eliziane Gama, do PSD do Maranhão, para que o tenente-coronel Mauro Cid seja convocado novamente, além de requerimentos de outros parlamentares que pedem as quebras de sigilo do hacker Walter Delgatti Netto, da deputada federal Carla Zambelli, do PL de São Paulo, do irmão dela, o deputado estadual Bruno Zambelli Salgado, do PL, além do marido da parlamentar, Antonio Aginaldo de Oliveira.
Os pedidos para quebra de sigilos do ex-presidente Jair Bolsonaro e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro não foram pautados, uma vez que não houve acordo entre a base do governo e a oposição.
Na segunda parte da reunião, os parlamentares irão interrogar o sargento do Exército Luis Marcos dos Reis, na condição de testemunha, com o objetivo de elucidar se a suposta ligação dele com a organização dos atos antidemocráticos.
Autorização do STF
A ministra do Supremo Tribunal Federal Cármen Lúcia autorizou o militar a ficar em silêncio na CPMI para não responder a perguntas que possam incriminá-lo.
Luis Marcos dos Reis seria o responsável pela movimentação atípica de recursos financeiros que, segundo a CPMI, tinham como destinatário o tenente-coronel Mauro Cid, que também era ajudante de ordens de Bolsonaro. As informações, em posse da CPMI, foram obtidas por meio do relatório de inteligência financeira produzido pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras, o COAF, que apontou que o sargento movimentou R$ 3,34 milhões entre 1 de fevereiro de 2022 e 8 de maio deste ano.
O sargento Luis Marcos dos Reis foi preso em maio deste ano no âmbito da operação da Polícia Federal que apura um esquema de falsificação de cartões de vacinação contra a Covid-19, que teria beneficiado o ex-presidente Jair Bolsonaro. A mesma operação levou para a cadeia o tenente-coronel Mauro Cid.
