Presidente estadual do Partido Liberal (PL) desde meados do mês passado, quando foi
Embora o deputado estadual Bruno Engler seja visto como nome “natural” para representar a agremiação na disputa de 2024, Sávio diz que a direção da legenda pretende ouvir outros parlamentares com bom desempenho eleitoral em BH antes de traçar os rumos. O deputado federal Nikolas Ferreira também tem sido citado como potencial candidato a prefeitura da capital.
“Bruno Engler já é um candidato natural porque ele se colocou à disposição do partido. Ele tem todas as condições, mas isso deverá vir no momento certo, ouvindo também o Nikolas (Ferreira), que é uma liderança jovem muito expressiva. E ouvindo, também, outros colegas que são votados aqui (em BH), como Eros Biondini e Lincoln Portela, além de outros deputados estaduais e federais para a gente tirar um nome consensual”, lista Sávio, à Itatiaia, ao explicar a estratégia do PL para a capital mineira.
Segundo o dirigente, que desembarcou no PL no ano passado, após construir trajetória no PSDB, independentemente do nome a ser escolhido, certo é que o PL
“Minas é sinônimo de liberdade. Não podemos deixar que isso se perca por omissão. O PL não vai se omitir. O partido vai defender a liberdade dos mineiros, a boa política, feita com seriedade, e a capital mineira vai nos guiar e inspirar em uma campanha que vai chegar a todas as regiões de Minas”, completa, dizendo que a ideia é colocar o partido como força relevante em todas as disputas municipais que vão acontecer em Minas.
Definição antecipada é trunfo
Embora defenda a escuta das diferentes alas do PL com influência no jogo político de Belo Horizonte, Domingos Sávio não quer deixar que as eleições batam à porta do partido sem que o candidato já esteja escolhido.
“Não vamos esperar até agosto (de 2024), quando provavelmente ocorrerão as convenções do ano que vem, daqui um ano, para tomar essa decisão final”, projeta.
Segundo Sávio, a decisão a respeito do “cabeça” de chapa do PL está em fase de “amadurecimento”. Por isso, defende que as conversas permaneçam abertas.
“É oportuno, para a disputa municipal, você ter no primeiro semestre do ano que vem a definição final do candidato a prefeito. Uma candidatura muito precipitada pode de alguma forma dificultar as articulações, a construção de um trabalho de alianças, que também é necessário numa realidade partidária como a que nós vivemos no Brasil”, pontua, citando o alto número de partidos da conjuntura política nacional.
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A opinião de Bolsonaro
Quem também deve ter influência na decisão sobre a tática a ser adotada pelo PL belo-horizontino em 2024 é o ex-presidente Jair Bolsonaro. Em junho, ao visitar a cidade, ele afirmou, à Itatiaia,
“Ele é um jovem, mas tem uma cabeça muito boa. Conversa comigo. Temos lealdade de mão dupla. Acredito que, na última eleição, se houvesse mais 15 dias, ele iria para o segundo turno com (Alexandre) Kalil. Diria que ele é uma alternativa”.
À ocasião, para opinar sobre Nikolas, Bolsonaro recorreu a uma metáfora futebolística. “Nikolas também é um jovem, mas deixa ele amadurecer um pouquinho mais. Você não pode, às vezes, pegar um bom atleta e colocar no time principal. Ele pode ter uma lesão que se arrasta para a vida toda. Nikolas também é excelente nome, entre outros em Minas”, opinou.
Apesar das considerações, Bolsonaro garantiu que não fará nenhuma “imposição” a respeito da disputa em BH. Segundo ele, além da direção estadual, a escolha do candidato do partido vai caber ao presidente nacional da sigla, Valdemar Costa Neto.
Sávio substituiu, na presidência do PL, o ex-deputado José Santana, um dos homens de confiança de Costa Neto. Santana, agora, é o presidente de honra do partido — e também pode ter voz nos debates internos.