Valdemar: Bolsonaro será o responsável por decidir eventual substituto em 2026

O presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, disse, nesta segunda-feira (31), que a decisão sobre um eventual substituto ao ex-presidente Jair Bolsonaro na eleição nacional de 2026 vai caber ao capitão reformado. Em entrevista à CNN Brasil, Valdemar voltou a criticar a inelegibilidade de oito anos imposta a Bolsonaro pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas afirmou que a agremiação já esperava uma punição.

“Quanto a ter outros candidatos no lugar do Bolsonaro, isso está muito longe ainda. Ninguém pensou nisso. Quem vai ter de decidir isso é próprio Bolsonaro, porque ele é quem representa, hoje, a opinião pública de direita no Brasil e teve praticamente a metade dos votos na eleição”, falou, em menção à disputa da chapa do PL contra Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

No sábado (29), Bolsonaro esteve ao lado da esposa, Michelle, em um evento do PL Mulher em Florianópolis (SC). Ela foi saudada pelo público sob os gritos de “Michelle presidente”. Nomes como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), também são citados como possíveis candidatos presidenciais à direita em 2026.

Críticas ao TSE

O TSE determinou a inelegibilidade de Bolsonaro após ser provocado pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), que questionou uma reunião feita pelo então presidente da República em agosto do ano passado, com embaixadores de outros países.

Na reunião, transmitida, pela TV Brasil, pertencente à comunicação estatal, Bolsonaro atacou o sistema eleitoral do país e pôs em xeque a segurança das urnas eletrônicas.

“Bolsonaro já esperava essa decisão pelo comportamento deles na eleição, que foi totalmente contra ele. O tempo todo o Tribunal Superior Eleitoral se manteve contra ele. Já esperávamos essa decisão, que é um verdadeiro absurdo. Nunca se viu isso. Condenaram o camarada por causa de uma fala dele”, protestou Valdemar.

Segundo o presidente do PL, o correligionário fez um “governo sério” e “deixou o Brasil em excelentes condições”.

“Vamos tentar, nos órgãos internacionais, fazer algum movimento para repreender e mostrar que esse pessoal do Judiciário, no Brasil, agiu erradamente”, encerrou.