Diferente de 2020, quando lançou candidatos em apenas cinco cidades em Minas Gerais, o Partido Novo planeja disputar 100 prefeituras no estado nas eleições de 2024. A meta da sigla, que tem como principal expoente o governador Romeu Zema (Novo), é eleger de 10 a 15 prefeitos e 30 vereadores.
“É uma meta real. Não é uma meta astronômica, algo que eu vou falar e a gente talvez não consiga. É uma meta pé no chão. Nós temos dois prefeitos que filiamos. O partido ainda não é um partido muito grande, mas está em expansão”, avalia o presidente do Novo em Belo Horizonte, Christopher Laguna. A partir de setembro, ele assumirá a presidência estadual da sigla.
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O Novo não elegeu nenhum prefeito na eleição de 2020. Porém, no início deste ano, filiou o prefeito de Patos de Minas, Luís Eduardo Falcão, e o prefeito de Divinópolis, Gleidson Azevedo. Falcão já havia sido membro do partido, mas, diante das regras rígidas para se candidatar pela sigla em 2020, foi para o Podemos para ter certeza que conseguiria disputar a eleição.
Na última disputa municipal, ainda sob a gestão de João Amoêdo, que deixou o partido em 2022, o Novo decidiu lançar candidatos apenas em cidades com mais de 300 mil habitantes, pelo menos 150 filiados e R$ 60 mil em recursos captados. Além de Belo Horizonte, Contagem e Juiz de Fora, apenas os diretórios de Araxá e Poços de Caldas conseguiram permissão da direção nacional para disputar a eleição.
Desta vez, os critérios são mais simples: é preciso apenas três filiados em cada cidade — o presidente, o tesoureiro e o secretário —, arrecadação para arcar com os custos da campanha eleitoral e uma chapa com candidatos para disputar pelo menos 50% das vagas para vereador de cada cidade.
“Em 2020, a gente estava com medo de crescer. Era como se tivesse uma empresa, tudo preparado para crescer, mas o CEO da empresa falou ‘não vamos não porque não está na hora’. Eu achei extremamente errado e isso danificou nossa eleição de 2022, quando não fomos bem nas campanhas estadual e federal a nível Brasil”, afirma Laguna.
“Agora a gente mudou o processo. Antes, o governador brincava: ‘vocês querem que um Einstein caia aqui dentro para fazer política?’. Não, hoje a gente quer que qualquer cidadão que seja honesto e que tenha uma conduta ilibada, que ele venha para o Novo. Quer participar da política? Nós vamos treinar essa pessoa”, disse o dirigente partidário.
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Eleição em Belo Horizonte
O Novo ainda não decidiu qual será o caminho da legenda na eleição da capital mineira. Embora cogite lançar candidato a prefeito, Laguna afirma que também estão na mesa as opções de compor com outros partidos ou ter candidatos apenas à Câmara Municipal.
No momento, o partido avalia a viabilidade de diversos nomes para disputar a prefeitura. “Temos o [ex-deputado] Lucas Gonzalez, a [secretária de Planejamento] Luísa Barreto se aproximando agora, apesar de que a gente não conversou com ela ainda, mas tem essa aproximação, e temos nossos quadros originários, como o Rodrigo Paiva e outros que chegaram agora, como o Carlos Renno [engenheiro e professor aposentado]. A gente vai ver quem tem essa viabilidade e se realmente vale a pena encarar essa campanha ou compor com outro”, explica o presidente do Novo em Belo Horizonte.
“A gente gosta muito do Eduardo Costa. O vemos com um candidato forte, se ele quiser vir”, continuou Christopher Laguna. Atualmente, o jornalista está filiado ao Cidadania. “Apesar que nas conversas que a gente teve com ele, ele ponderou muito que ainda não era o momento, que não viria e tal. Mas ele é um nome que nos agrada. As vezes poderemos compor com ele, né? E também temos os nossos três vereadores, que estão fazendo bons mandatos”, concluiu Laguna, citando Fernanda Pereira Altoé, Marcela Trópia e Braulio Lara.