O ex-procurador da Operação Lava Jato Deltan Dallagnol (Podemos-PR) está na mira do ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino (PSB). O chefe da pasta pediu à Polícia Federal (PF) nesta segunda-feira (24) uma investigação sobre acordos firmados entre procuradores brasileiros com agentes suíços e autoridades norte-americanos para dividir o dinheiro cobrado da Petrobras em multas e infrações em razão dos casos de corrupção.
Cassado no início do mês passado, o ex-deputado federal Dallagnol é o protagonista da denúncia feita pelo Uol na última quinta-feira (20). O ministro Flávio Dino declarou em tuíte que é necessário descobrir a origem e o destino de cerca de US$ 850 milhões do acordo celebrado entre Petrobras e Estados Unidos para a empresa não ser processada pelos escândalos de corrupção.
“Encaminhei hoje à Polícia Federal o caso dos acordos feitos por procuradores com outros países sem o procedimento legal. O objetivo é a investigação sobre a origem e o destino de bilhões de reais e os motivos que levaram a tais acordos com autoridades estrangeiras”, publicou o ministro da Justiça.
Deltan Dallagnol na mira. A investigação do Uol identificou o ex-procurador da Operação Lava Jato Deltan Dallagnol como o protagonista de negociações com autoridades norte-americanas e procuradores suíços para garantir o envio de 80% do US$ 850 milhões pagos pela Petrobras aos Estados Unidos para não ser processada. Metade do valor, segundo a reportagem, seria destinado a um fundo privado que a Lava Jato tentou criar.
A Controladoria-Geral da União (CGU) não participou das negociações, apesar de ser o órgão competente por lei. As conversas lideradas por Dallagnol estão registradas pela Polícia Federal (PF) no âmbito da
