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Servidores da ANM adiam assembleia e greve está mantida pelo menos até terça-feira (18)

Categoria reivindica aumento do quadro de funcionários e equiparação salarial com outras agências

Servidores da ANM fazem protesto em frente ao órgão

A Assembleia Geral de servidores da Agência Nacional de Mineração (ANM) foi adiada desta sexta-feira (14) para a próxima terça-feira (18). Com isso, a greve dos funcionários do órgão, responsável por fiscalizar barragens de rejeitos de minério, está mantida por pelo menos mais quatro dias. A categoria reivindica aumento do efetivo da ANM e também equiparação salarial com os servidores de outras agências governamentais.

O adiamento da reunião ocorreu por causa de uma agenda de compromissos do presidente da Associação dos Servidores da Agência Nacional de Mineração (ASANM), Antônio Macedo Prado.

A Assembleia Geral será realizada por meio de uma reunião online, que contará com a participação de profissionais de todo país e servirá para definir se a categoria mantém, amplia ou encerra a paralisação dos serviços que já supera os 15 dias.

A categoria mantém 30% do efetivo trabalhando. Por lei, não é permitido paralisar totalmente setores que fiscalizam barragens ou minas subterrâneas que representam algum risco à vida. No entanto, serviços administrativos, como a emissão de alvarás e novas licenças, estão paralisados.

Entre as principais atribuições, a ANM é responsável por fiscalizar a segurança de barragens, garimpo ilegal e minas subterrâneas. Esta é a segunda greve dos profissionais da agência apenas em 2023. Em uma carta aberta, a ASANM classifica a situação da ANM como insustentável e caótica.

A associação afirma que a agência está operando com o menor número de servidores dos últimos 50 anos. Segundo a entidade, atualmente existem 640 servidores na ANM para fiscalizar 125 mil empreendimentos minerários no país. Com este efetivo, a ASANM calcula que os servidores levariam 36 anos para fiscalizar todas as estruturas em solo brasileiro.

A ANM é subordinada ao Ministério de Minas e Energia, chefiado pelo ministro Alexandre Silveira (PSD). Questionado pela Itatiaia sobre o tema, o ex-senador por Minas Gerais afirmou que levou a pauta para ser discutida com os Ministros da Fazenda, Casa Civil e Gestão e Inovação. Apesar da afirmação, Silveira não estipulou nenhum prazo para atender as reivindicações da categoria e colocar fim à paralisação.

Entre as funções da ANM está a fiscalização de barragens como as de Mariana e Brumadinho. As estruturas entraram em colapso em menos de cinco anos e, juntas, mataram 289 pessoas, em Minas Gerais.

Repórter de política na Rádio Itatiaia. Começou no rádio comunitário aos 14 anos. Graduou-se em jornalismo pela PUC Minas. No rádio, teve passagens pela Alvorada FM, BandNews FM e CBN, no Grupo Globo. No Grupo Bandeirantes, ocupou vários cargos até chegar às funções de âncora e coordenador de redação na BandNews FM BH. Na televisão, participava diariamente da TV Band Minas e do BandNews TV. Vencedor de 8 prêmios de jornalismo. Já foi eleito pelo Portal dos Jornalistas um dos 50 profissionais mais premiados do Brasil.