O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou a atuação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no julgamento da ação que pode torná-lo inelegível pelo período de oito anos e sugeriu que não houve imparcialidade do tribunal em relação a ele durante a última disputa eleitoral.
“É justo? Pode o TSE me impedir de divulgar imagens do Sete de Setembro? De divulgar foto do Lula com boné CPX na cabeça? Ele foi se reunir com a nata do quê no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro? Lá eu não tenho coragem de entrar nem no caveirão da PM!”, disparou citando a ida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à comunidade carioca em outubro do ano passado.
“Pode me proibir de mostrar imagens do meu discurso na ONU ou na embaixada do Reino Unido durante o enterro da rainha? Por quê me proibir de divulgar imagens do Lula defendendo o aborto ou falando que o pobre coitado que rouba um celular é para tomar uma cervejinha?”, continuou. “Agora, divulgaram barbaridades a meu respeito sem interferência do TSE”, criticou durante entrevista exclusiva à Itatiaia na manhã desta sexta-feira (30), horas antes do julgamento na Corte Eleitoral que pode impedi-lo de concorrer a cargos políticos até 2031.
Futuro político de Bolsonaro deve ser decidido hoje
O quarto e provável último dia do julgamento da ação que pode tornar Jair Bolsonaro (PL) inelegível por oito anos começará com a leitura do voto da ministra Cármen Lúcia. Se optar pela condenação, a magistrada comporá maioria no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o ex-presidente não poderá ser candidatar a cargos políticos até 2031. Assim, o voto de Cármen Lúcia será decisivo para o futuro de Bolsonaro.
A sessão do julgamento está suspensa desde o início da tarde de quinta-feira (29) por determinação do presidente da Corte Eleitoral, ministro Alexandre de Moraes, e terminou com o placar de três votos favoráveis à condenação do ex-presidente versus um contrário. Para reverter o cenário, Bolsonaro precisará que os ministros Cármen Lúcia, Nunes Marques e Alexandre de Moraes, nessa ordem, votem a seu favor no tribunal.