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Lula lamenta morte de Paolinelli: ‘Transformou o país em grande exportador de alimentos’

Presidente da República prestou condolências aos familiares do ex-ministro da Agricultura, que tinha 86 anos

Lula destacou legado deixado por Alysson Paolinelli

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lamentou, nesta quinta-feira (29), a morte do ex-ministro Alysson Paolinelli, da Agricultura. Segundo o petista, as políticas públicas implantadas pelo mineiro de Bambuí na década de 1970 ajudaram a impulsionar a produção alimentícia no país.

“Alysson Paolinelli foi professor, agrônomo, ministro da Agricultura e um dos criadores da Embrapa. Foi um dos principais responsáveis pelos avanços de conhecimento que permitiram o que ficou conhecido como “agricultura tropical”, com um grande aumento na produção de grãos do Brasil, transformando o país em um grande exportador de alimentos. Meus sentimentos aos familiares, amigos, alunos e admiradores de Paolinelli”, escreveu Lula.

Paolinelli comandou o Ministério da Agricultura entre 1974 e 1979. Ele tinha 86 anos e estava internado há cerca de um mês no Hospital Madre Teresa, em Belo Horizonte.

Os médicos diagnosticaram uma embolia pulmonar após o ex-ministro passar por uma operação no fêmur.

Repercussão

A morte de Paolinelli rendeu homenagens por parte de políticos de diversos espectros ideológicos. O governador Romeu Zema (Novo), que cedeu o Palácio da Liberdade, na Savassi, para o velório do ex-ministro, valorizou o “legado” do agrônomo.

“Nasci no cerrado, sempre vivi ali e vi esta transformação que aconteceu ali no Triângulo Mineiro e em toda a região Centro-Oeste do Brasil, que há 60 anos era uma mera área de cerrado fechado, onde ninguém acreditava que poderia se tornar uma área produtiva. E, hoje, é uma área que produz dezenas de milhões de toneladas de alimento, não só para o Brasil, mas para o mundo todo”, contou.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também prestou condolências à família. "(Paolinelli foi) homem que transformou a agricultura do Brasil, ministro que desbravou o Centro-Oeste em um período que o Brasil importava alimentos. Com as dinâmicas dele, passamos a ser grande exportador de alimentos”, falou.

Bolsonaro, aliás, deve viajar a BH para o enterro do ex-ministro.

Já o vice-presidente Geraldo Alckmin, do PSB, lembrou as homenagens em vida que Paolinelli recebeu.

“Sob sua liderança, a Embrapa expandiu nossa fronteira agrícola, reduzindo a fome no Brasil e no mundo. Por suas vastas realizações, Paolinelli recebeu o Prêmio Mundial de Alimentação e foi indicado ao Nobel da Paz”, afirmou

Graduado em Jornalismo, é repórter de Política na Itatiaia. Antes, foi repórter especial do Estado de Minas e participante do podcast de Política do Portal Uai. Tem passagem, também, pelo Superesportes.