Após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltar a insistir na criação de uma
“Temos uma entrega para ser feita. São terras com processos de desapropriação e pagamentos concluídos e estavam paradas no Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária). Até poderiam ter sido entregues pelos governos anteriores”, declarou. “Grande parte do estoque será anunciado em julho. Não adiantarei mais para não ‘furar’ o presidente”, pontuou.
O ministro antecipou ainda que terras públicas também entrarão no rol de análise do Incra. Ele reforçou que, para Lula, a distribuição de áreas improdutivas é a melhor estratégia para impedir que invasões ocorram. “Vamos adiantar para cumprir o pedido do presidente Lula. Precisamos garantir a entrega para diminuir os conflitos”, detalhou.
O presidente do Incra, Cesar Aldrighi, confirmou a existência de um estoque de terras improdutivas aptas à criação de assentamentos agrários e criticou a paralisação da entrega de áreas durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“De 2019 para cá, o Incra foi formalmente orientado a não criar assentamentos. Neste período, permanecemos com 400 processos paralisados. Estamos resgatando cada um deles. Aquelas terras que já foram pagas e estão sob nossa posse serão encaminhadas para os anúncios do presidente e do ministro”, garantiu.
O que é ‘prateleira de terras’?
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tornou a repetir o termo
A expressão usada por Lula se refere à criação de uma lista de terras classificadas como improdutivas pela Incra e aptas para políticas de assentamento agrário.
“Se temos o Incra, que cuida da distribuição de terras nesse país, por que a gente espera as pessoas invadirem as terras para nós comprarmos? Por que não levantamos todas as terras devolutas e criamos uma ‘prateleira de terras’?”, questionou durante discurso nesta manhã.