A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (27), uma operação de busca e apreensão em endereços de um dono de uma rádio na cidade de Itapetininga, no interior de São Paulo.
“O objetivo é identificar possível financiador dos atos ocorridos em 8 de janeiro, em Brasília, quando o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal foram invadidos por indivíduos que promoveram violência e dano generalizado contra os imóveis, móveis e objetos daquelas instituições. É cumprido um mandado de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, em Itapetininga”, diz a PF.
O alvo da operação seria Milton de Oliveira Júnior, dono de uma rádio que era afiliada da Jovem Pan. Ele admitiu durante uma transmissão ao vivo que teria financiado os atos do dia 8 de janeiro.
“Se eu tiver que ser preso porque ajudei patriotas a irem para a Brasília fazer protesto contra um governo ilegítimo, que eu seja preso, não há problema nenhum. Temos que assumir os compromissos que fazemos. Não tenho medo da Justiça. Eu contribuí, deputada, se a senhora quiser eu mando no seu WhatsApp os recibos de Pix, está tudo com o meu CPF”, afirmou Milton de Oliveira na transmissão ao vivo.
Em abril, a Jovem Pan anunciou que rompeu o contrato com a afiliada de Itapetininga por expor a marca da emissora e violar cláusulas.
Dias depois, Milton alterou seu posicionamento e afirmou que teria dado dinheiro para um amigo se alimentar durante uma viagem em Brasília.
A reportagem da Itatiaia tentou contato com o radialista, mas não obteve retorno.
Lesa Pátria
“Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido. A Operação Lesa Pátria segue em curso, com atualizações periódicas”, informou a Polícia Federal.