O governador Romeu Zema (Novo) defendeu nesta quinta-feira (15) o processo eleitoral brasileiro e afirmou que a eleição de 2022 foi “segura e transparente”. Ele participou da posse do novo presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), Octavio Boccalini, e do vice-presidente, Ramom Oliveira.
O governador iniciou o seu discurso parabenizando a gestão anterior do tribunal. “Dou meus parabéns aos desembargadores Maurício Soares e Octavio Boccalini por terem liderado o trabalho do TRE e assegurado que a eleição de 2022 fosse segura e transparente”, disse Zema.
“Essa corte possui o importante papel de zelar pela credibilidade e pela legitimidade do processo eleitoral, que foi consolidado após muito esforço e deve ser defendido por todos nós”, acrescentou o governador.
A ministra do Supremo Tribunal Federal e vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia, disse que o TRE-MG deu um testemunho, na última eleição, do que a corte é. “Um órgão comprometido com a democracia brasileira, com a Constituição e as leis dessa República, e que não fraqueja absolutamente diante de todas as injunções, confrontos e todas as difamações que se plantaram contra a própria Justiça Eleitoral em uma situação inédita na história do Brasil”, disse ela.
Apoio a Bolsonaro
Na última eleição, Zema apoiou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que passou os quatro anos de seu mandato colocando em dúvida a confiabilidade das urnas eletrônicas. Bolsonaro será julgado pelo TSE na próxima quinta-feira (22) e pode ficar inelegível por ter questionado, sem provas, o processo eleitoral durante uma reunião com embaixadores em julho do ano passado.
Após Bolsonaro ser derrotado por Lula (PT) na eleição, o PL, partido do ex-presidente, entrou com uma ação no TSE na qual questionou o funcionamento das urnas com modelos anteriores a 2020. A sigla pediu que os votos contabilizados nessas urnas fossem declarados inválidos, mas apenas os referentes ao segundo turno.
O então presidente do TSE, Alexandre de Moraes, rejeitou a ação, classificou o pedido como “esdrúxulo” e multou o PL em R$ 22 milhões.