Em uma entrevista coletiva que encerrou o encontro dos países sul-americanos, o presidente Luiz Inácio
“Maduro é um presidente que faz parte do nosso continente. Ele foi convidado e houve muito respeito com participação dele, inclusive, com os companheiros que fizeram as críticas, no limite da democracia”, disse, em referência aos
“Fiz questão de convidar Maduro. Restabelecemos a relação diplomática com a Venezuela. Ele quer estabelecer um calendário de pagamento para as dívidas e não pode fazer antes porque fecharam as fronteiras e não tinham conversa com ele, fecharam as embaixadas. Agora, vai fazer o que é normal, estabelecer a relação, o calendário de pagamentos e o Brasil vai restabelecer sua política com a Venezuela, que é importante”, disse o presidente.
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Lula foi questionado por jornalistas sobre uma declaração dada nesta segunda-feira (29), quando disse que a Venezuela é vítima de uma “narrativa” construída por seus inimigos. O presidente brasileiro reafirmou a declaração e disse que sugeriu a Maduro que construísse uma narrativa própria para se defender com os “fatos verdadeiros”.
“O que eu disse, na verdade, é que desde a posse do Chávez [Hugo Chávez, ex-presidente da Venezuela] foi construída uma narrativa contra ele, em que você determina que o cara é um demônio. A partir daí, começa a jogar todo mundo contra ele. Foi assim com Chávez e foi assim comigo, com as mentiras construídas contra mim, com uma narrativa vendendo uma mentira que depois ninguém conseguiu provar”, afirmou.
Em seguida, Lula disse que falou sobre o assunto com o presidente da Venezuela.
“O que eu disse para o Maduro é que existe uma narrativa no mundo e disse a ele que era obrigação dele construir a narrativa dele com os fatos verdadeiros. Eu disse para ele: você precisa provar o que está falando com uma assinatura com todos os partidos de oposição, os movimentos sociais e sindicais e os 23 governadores pedindo respeito à soberania da Venezuela”, afirmou.