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Ministério da Saúde vai anunciar redução no tempo de espera para tratamentos de câncer

Lei determina que tratamento de câncer tenha início em até dois meses após o diagnóstico

Distância entre diagnóstico e tratamento é um dos principais entraves para pacientes no SUS

O Ministério da Saúde deve anunciar, entre junho e julho, novas medidas que pretendem diminuir a fila para a realização de exames pelo Sistema Único de Saúde. Segundo o secretário Nacional de Atenção Especializada à Saúde, do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães, as medidas tem o objetivo de agilizar, especialmente, os diagnósticos de câncer no país.

O secretário também anunciou um aplicativo para unificar a fila de cirurgias eletivas e o retorno do programa Farmácia Popular.

Em entrevista exclusiva à Itatiaia, o secretário ressaltou que existe uma lei que determina que o tratamento do câncer deve começar, no máximo, dois meses após o diagnóstico da doença. O país, entretanto, ainda enfrenta um problema prévio com o diagnóstico, que depende de diversos exames.

“Há um sofrimento muito grande das pessoas aguardando os exames para diagnóstico adequado do câncer. Temos um problema prévio que é o diagnóstico, você precisa de biópsia, ultrassom, tomografia, ressonância, endoscopia, colonoscopia. Esse aparato para o diagnóstico é um esforço permanente. Nós estamos intensificando e vamos anunciar essas novidades”.

Ainda conforme o secretário, a pandemia da Covid-19 também atrapalhou no diagnóstico e tratamento do câncer no Brasil, e o Ministério da Saúde, agora, precisa correr para recuperar o serviço. Uma das medidas que será lançada, segundo Helvécio Magalhães, é a ampliação em mais de 20 equipamentos de radioterapia no Brasil e abertura de novos serviços.

“As pessoas deixaram, inclusive, de tratar com radioterapia e quimioterapia o câncer, por conta da pandemia. Nós estamos recuperando isso agora, já abrimos novos serviços, estamos ampliando esse ano em mais de 20 equipamentos de radioterapia no Brasil, realinhando contratos com filantrópicos para que eles não tenham dificuldades financeiras e, com isso, nós melhoramos o atendimento”.

Edilene Lopes é jornalista, repórter e colunista de política da Itatiaia e podcaster no “Abrindo o Jogo”. Mestre em ciência política pela UFMG e diplomada em jornalismo digital pelo Centro Tecnológico de Monterrey (México). Na Itatiaia desde 2006, já foi apresentadora e registra no currículo grandes coberturas nacionais, internacionais e exclusivas com autoridades, incluindo vários presidentes da República. Premiada, em 2016 foi eleita, pelo Troféu Mulher Imprensa, a melhor repórter de rádio do Brasil.