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Câmara de BH intima Procurador-Geral para prestar depoimento em CPI sobre dívidas de Kalil

CPI do Abuso de Poder convocou Hércules Guerra para oitiva; depoimento foi marcado para o dia 25 de maio

Procurador-Geral do Município é o próximo a ser ouvido em CPI na Câmara de BH

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Abuso de Poder, que tramita na Câmara Municipal de Belo Horizonte, aprovou um requerimento para convocar o Procurador-Geral do Município, Hércules Guerra, a prestar depoimento ao órgão colegiado. A oitiva foi marcada para 25 de maio.

Os vereadores querem saber mais detalhes sobre a atuação de Guerra nas ações de execução fiscal envolvendo o ex-prefeito Alexandre Kalil (PSD) ou suas empresas, além de uma suposta participação na orientação de servidores e ex-servidores já convocados para prestarem depoimento na CPI.

Conforme revelou a Itatiaia em julho do ano passado, Kalil teve dívidas de IPTU de um de seus imóveis com a Prefeitura de Belo Horizonte perdoadas. Agora, a CPI quer entender se houve e qual o papel do Procurador-Geral do Município.

Depoimentos na CPI

A CPI do Abuso de Poder ouviu nesta quinta-feira (18) procuradoras e gerentes de execução fiscal da prefeitura de BH (PBH) para esclarecer o processo de perdão da dívida de IPTU de um imóvel supostamente do ex-prefeito Alexandre Kalil (PSD), em 2022. Os valores da dívida do imóvel estavam em aberto desde 2003.

A procuradoria alega que a isenção aconteceu em função de processos internos, em que o imóvel teve o índice cadastral cancelado nos índices cadastrais da prefeitura de BH e por essa razão não foi localizado.

Nesta quinta-feira, uma das depoentes, Luciana Pessoa Dutra, da gerência de suporte de execução fiscal, voltou ao assunto ao dizer que a petição de cancelamento da cobrança do imposto foi feita por um estagiário.

“As execuções fiscais são distribuídas pela procuradoria, todas são feitas em nome do Levate, porque ele é o gerente da execução fiscal. A gente trabalha com um volume muito grande de processos. Tudo é distribuído no nome dele, quando recebemos os processos, fazemos uma triagem e a distribuição”, explicou Lúcia Pessoa Dutra, servidora da Gerência de Suporte à Execução Fiscal, da Procuradoria do Município.

Questionada pela vereadora Fernanda Altoé (Novo) sobre como seria a participação do procurador municipal Luiz Gustavo Levate nas análises de documentos de isenção fiscal, a servidora afirmou que teria que saber os detalhes sobre a ação.

Editor de política. Foi repórter no jornal O Tempo e no Portal R7 e atuou no Governo de Minas. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem MBA em Jornalismo de Dados pelo IDP.