Secretário de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais, Rogério Greco disse nesta segunda-feira (17) que a pasta vai treinar professores e alunos para prestarem atendimento pré-hospitalar e também vai criar um botão do pânico que poderá ser acionado por meio do celular. As medidas foram pensadas para casos de ataques às escolas,
Greco e outros secretários do governo de Minas participaram de debate sobre a segurança escolar com os deputados estaduais durante o Assembleia Fiscaliza, iniciativa da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
“Estamos começando a interligar as escolas com nosso Centro Integrado de Comando e Controle. É uma medida que pode ajudar a minimizar esse tipo de comportamento criminoso. Se houver algum evento em alguma escola interligada, imediatamente é despertado o nosso sinal vermelho. Vai ser uma forma de alerta”, declarou ele.
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As medidas se somam ao que já foi
O Ministério da Justiça e Segurança Pública
“O mais importante é fortalecer programas que façam pesquisas importantes, principalmente na dark web, para que a gente possa evitar esse tipo de comportamento”, disse ele. A dark web é uma parte oculta da internet que só pode ser acessada por meio de programas específicos de computador. Não há fiscalização e, por isso, é comum que os sites sejam utilizados para o planejamento de crimes, como tráfico de drogas e assassinatos.
O secretário de Educação, Igor Alvarenga, destacou que o assunto em debate não é a violência nas escolas, mas sim às escolas. “É necessário que entendamos que a escola é um reflexo da sociedade e nesse momento precisamos parar para pensar qual é a informação que esses adolescentes e jovens estão nos passando. A segurança escolar é uma obrigação de todos, desde o empresário que não libera seu funcionário para ir numa reunião de escolar até aquele que está dentro da escola lecionando”, disse ele.
Saúde mental
Ex-secretária de Educação no governo Fernando Pimentel, a deputada estadual Macaé Evaristo (PT) considera importante monitorar o que chamou de submundo da internet, mas afirmou também ser necessário pensar em ações de prevenção dentro das escolas.
Ela demonstrou preocupação especial com a saúde mental dos alunos. “A gente tem equipes de acompanhamento, com psicólogos e assistentes sociais, mas ainda é em número muito pequeno. É preciso ampliar o número desses profissionais para o atendimento às escolas, assim como ampliar a articulação das escolas com o SUS para casos que necessitem de um tratamento mais específico no campo da saúde mental”, declarou Macaé Evaristo.
Ela também pediu que sejam contratados mais professores e funcionários responsáveis pelo funcionamento das escolas, desde a portaria até às áreas de circulação.