Com a assinatura de mais de 200 deputados e 18 senadores, o Congresso Nacional vai instalar nesta quarta-feira (12) a Frente Parlamentar Mista para Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Diabetes.
O grupo terá como meta destravar projetos que já são discutidos no parlamento há vários anos e debater novas regras para facilitar o acesso ao tratamento da doença que afeta milhões de brasileiros.
A frente conta com o apoio de várias entidades e já tem uma lista de medidas consideradas prioridades para serem debatidas no Congresso. O presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), Levimar Araújo, aponta o projeto que classifica o diabetes mellitus tipo 1 como deficiência para todos os efeitos legais como uma das prioridades do grupo.
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“Temos o diabetes dividido em vários tipos, mas o mais comum é o tipo 1, que é o da criança. E esse merece uma atenção especial. Tem um projeto de lei já tramitando, da deputada Flávia Morais (PDT-GO), que coloca o portador de diabetes tipo 1 como pessoa com deficiência. Isso vai nos auxiliar no tratamento das crianças nas escolas, para ajudar na questão da alimentação e das medicações”, explica Levimar.
De acordo com a SBD, existem atualmente, no Brasil, mais de 13 milhões de pessoas vivendo com a doença, o que representa 6,9% da população nacional.
O diabetes é a quarta causa de morte no país, que apontou aumento da incidência da doença de 2010 a 2016, ao registrar uma elevação de 12% nestes seis anos, chegando a 61.398 mortes.
“Hoje, 46% das pessoas que têm diabetes não sabem que têm a doença. E quando elas apresentam a doença, já estão com complicações, como a retinopatia, a perda da visão progressiva, a nefropatia, maior causa da hemodiálise, a amputação de membros inferiores. A nossa intenção é que essa frente parlamentar melhore a conscientização e o combate à essa doença”, diz o presidente da SBD.
