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‘Não fiz parte da formação da chapa’, diz Nikolas Ferreira após decisão do TSE

Partido pelo qual Nikolas foi eleito vereador em 2020 fraudou cota de gênero nas eleições daquele ano, conclui TSE

Nikolas Ferreira foi eleito vereador pelo PRTB em 2020; partido fraudou cota de gênero, segundo TSE

O deputado federal NIkolas Ferreira (PL) se manifestou nesta terça-feira (4) após decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que determinou a anulação dos votos da chapa do PRTB, partido pelo qual foi eleito vereador nas eleições de 2020.

Em uma publicação compartilhada em rede social, o parlamentar disse que não fez parte da formação da chapa, que isso é responsabilidade do partido e que “fez sua cadeira sozinho”.

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“Não fiz parte da formação da chapa de vereadores, isso é responsabilidade do partido. Portanto, não tenho nenhuma culpa. E nem inelegível eu ficaria. Inclusive o tribunal tem o mesmo entendimento, gênios”, disse, respondendo a críticas de opositores - que questionavam se ele teria o mandato de deputado cassado ou se seria responsabilizado, de alguma forma, pela decisão do TSE.

“Não precisei de nenhum voto da minha chapa, graças a Deus, fiz minha própria cadeira. Ganhamos por unanimidade no TRE e perdemos no… TSE. Coincidências da vida. O que passar disso é narrativa e choro”, completou.

Fraude na cota de gênero

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concluiu que o PRTB, partido pelo qual Nikolas Ferreira foi eleito vereador em 2020, fraudou a cota de gênero nas eleições municipais daquele ano. A decisão vai culminar na alteração da composição da Câmara Municipal, já que o vereador Uner Augusto será afetado pela anulação dos votos da legenda e perderá a cadeira.

Ele ficou como primeiro suplente de Nikolas Ferreira, único vereador eleito em 2020 pelo partido e que conquistou uma vaga na Câmara dos Deputados no ano passado. O ministro do TSE, Sérgio Banhos determinou que a medida seja cumprida imediatamente.

O processo foi movido pelo PSOL, que recorreu à Justiça Eleitoral em Brasília após uma decisão negativa do Tribunal Regional Eleitoral em Minas Gerais (TRE-MG).

Editor de política. Foi repórter no jornal O Tempo e no Portal R7 e atuou no Governo de Minas. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem MBA em Jornalismo de Dados pelo IDP.