O promotor de Justiça do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), Lincoln Gakiya, negou qualquer chance de
Em entrevista à CNN Brasil nesta sexta-feira (24), Gakiya - que era um dos alvos do planejamento do crime - disse foi ele que procurou a Polícia Federal para abertura de um inquérito para investigar o
“Não há chance nenhuma [de armação]. O trabalhou começou pelo Gaeco, em São Paulo. Fomos nós, eu e a PGR que levamos a representação até a direção da Polícia Federal em Brasília para a instauração de um inquérito”, confirmou.
“Já havia elementos que demandavam apuração desse fato criminoso, não só com relação ao hoje senador Sergio Moro, mas contra outros agentes públicos. Estão fazendo uso político dessa investigação, que é muito sério”, completou.
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A suspeita sobre “armação” por parte de Moro com relação à denúncia foi levantada, nesta quinta-feira (23), pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Questionado em uma agenda no Rio de Janeiro, o petista sugeriu que era “visível” que a operação se tratava de uma “armação do Moro”.
“Eu não vou falar porque eu acho que é mais uma armação do Moro. Quero ser cauteloso e descobrir o que aconteceu. É visível que é uma armação do Moro, mas eu vou pesquisar e ficar sabendo da sentença”, afirmou Lula.
“Até fiquei sabendo que a juíza não estava nem em atividade quando deu o parecer para ele. Isso a gente vai esperar, eu não vou ficar atacando ninguém sem ter provas. Eu acho que é mais uma armação. Se for, ele vai ficar mais desmascarado ainda e eu não sei o que ele vai fazer da vida se continuar mentindo do jeito que está”, completou o presidente.
Plano do PCC
Ainda de acordo com o promotor Lincoln Gakiya, na entrevista à CNN Brasil, o plano A do PCC seria o resgate do líder da facção criminosa, Marcola, que está detido em uma penitenciária federal em Brasília.
“Eles haviam determinado que o plano A priorizaria o resgate do Marcola em qualquer presídio que ele esteja. No plano B, se nada desse resultado, eles tentariam chamar a atenção e causar o caos, atacando agentes públicos e autoridades. O ministro Moro, possivelmente seria alvo de sequestro e outras autoridades e agentes públicos seriam executados. A intenção era causar o caos”, concluiu o promotor.
‘Responsabilidade é dele’
Após a declaração de Lula sobre uma suposta “armação”,
Também em entrevista à CNN Brasil, nesta quinta-feira (23), o senador repudiou as declarações do petista e pediu uma retratação pública - o que não aconteceu.
“Gostaria de ouvir no mínimo uma retratação. Se acontecer alguma coisa com a minha família, a responsabilidade está nas costas deste presidente da República, por fazer pouco caso, por rir da ameaça e, dessa forma, incentivar a violência contra mim e contra a minha família”, disse.