O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) colocou em xeque a Operação Sequaz, deflagrada na quarta-feira (22) pela Polícia Federal contra um plano do PCC para matar o senador e ex-juiz Sergio Moro.
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“Eu não vou falar porque eu acho que é mais uma armação do Moro. Quero ser cauteloso e descobrir o que aconteceu. É visível que é uma armação do Moro, mas eu vou pesquisar e ficar sabendo da sentença”, afirmou Lula.
Segundo o petista, se ficar provado que foi uma “armação, Moro ficará ainda mais desmascarado”. Lula visitava o Complexo Naval de Itaguaí (RJ) quando foi questionado sobre o assunto. A operação da PF, no entanto, foi elogiada pelo ministro da Justiça do governo Lula, Flávio Dino (PSB).
“Até fiquei sabendo que a juíza não estava nem em atividade quando deu o parecer para ele. Isso a gente vai esperar, eu não vou ficar atacando ninguém sem ter provas. Eu acho que é mais uma armação. Se for, ele vai ficar mais desmascarado ainda e eu não sei o que ele vai fazer da vida se continuar mentindo do jeito que está”, completou o presidente.
O ex-ministro da Justiça e atual senador era um dos alvos do grupo de nove suspeitos da facção criminosa presos pela PF.
Áudios interceptados pela Polícia Federal mostram a irritação de integrantes do PCC com a decisão do Ministério da Justiça, quando era comandado por Sergio Moro, de transferir 22 líderes da facção para presídios federais.
Um dos transferidos foi Marcos Willians Camacho, o Marcola, principal líder do grupo, removido de São Paulo para a Penitenciária Federal de Brasília, onde permanece. O grampo é de fevereiro de 2019, um mês após as transferências.